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Entenda como os micróbios de casa impactam na saúde

A exposição ao microbioma doméstico pode ter efeitos positivos e negativos em nossa saúde

10 set 2024 - 00h50
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A poeira da sua casa abriga uma diversidade de vida dos micróbios. Estima-se que possamos encontrar aproximadamente 9 mil espécies diferentes vivendo no ambiente doméstico. Esse ecossistema é conhecido como "microbioma doméstico" e, assim como o microbioma de nosso intestino ou boca, ele influencia nossa saúde de maneiras significativas. À medida que cientistas desvendam os segredos desse mundo invisível, fica cada vez mais evidente sua importância para nosso bem-estar.

O microbioma doméstico engloba comunidades de bactérias, fungos, vírus e outros micro
O microbioma doméstico engloba comunidades de bactérias, fungos, vírus e outros micro
Foto: organismos - depositphotos.com / AlexShadyuk / Perfil Brasil

O microbioma doméstico engloba comunidades de bactérias, fungos, vírus e outros micro-organismos. Ele é afetado por nossas atividades diárias, como cozinhar, limpar e até mesmo ter animais de estimação. Além disso, fatores como o design dos edifícios, o tipo de ventilação e os materiais de construção também desempenham um papel crucial na composição desse ecossistema.

Por que o microbioma doméstico é importante?

A exposição ao microbioma doméstico pode ter efeitos positivos e negativos em nossa saúde. Do lado positivo, a diversidade microbiana ajuda a estimular o sistema imunológico, principalmente durante a infância. Segundo a hipótese da higiene, a exposição precoce a uma variedade de micróbios pode treinar o sistema imunológico a distinguir melhor entre ameaças reais e inofensivas. Essa exposição pode reduzir a probabilidade de desenvolver alergias e doenças autoimunes, como asma, eczema e esclerose múltipla.

Entretanto, o impacto negativo não deve ser subestimado. Ambientes com má ventilação e altos níveis de umidade podem favorecer o crescimento de patógenos nocivos. Especialmente em lugares úmidos, o mofo e outros micróbios podem desencadear problemas respiratórios. A má ventilação pode, inclusive, exacerbar a disseminação de doenças como a Covid-19.

Como a vida urbana afeta o microbioma doméstico?

A urbanização altera significativamente o microbioma ao qual somos expostos. Pessoas que vivem em áreas urbanas têm contato com menos espécies microbianas em comparação com aquelas em zonas rurais. Isso pode resultar em um microbioma intestinal menos diverso, o que interfere na comunicação entre o intestino e o cérebro — um fator que pode contribuir para problemas de saúde mental, como a depressão.

O eixo intestino-cérebro é o canal de comunicação que o microbioma intestinal utiliza para influenciar o humor e a função cognitiva. A redução na diversidade microbiana pode comprometer esse canal, destacando a importância de manter ambientes que promovam uma diversidade microbiana saudável mesmo em áreas urbanas.

Espaços mais saudáveis

Frente a isso, cresce o interesse em arquiteturas e designs que promovam um microbioma saudável. Algumas estratégias incluem o uso de materiais naturais, como madeira, e sistemas de ventilação que maximizam a variedade microbiana. Além disso, edifícios podem ser projetados com "paredes vivas", compostas por plantas e microrganismos, e materiais de construção enriquecidos com esporos bacterianos benéficos.

Outras abordagens promissoras são o uso de produtos de limpeza probióticos que introduzem micróbios benéficos no ambiente, e a incorporação de plantas internas que não só purificam o ar, mas também fomentam uma comunidade microbiana diversificada. Estas iniciativas visam reduzir a quantidade de micróbios nocivos e, ao mesmo tempo, promover a colonização por micróbios benéficos.

Perfil Brasil
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