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Dispositivo que detecta câncer por saliva é criado no México

A proteína Cerb-b2, que indica o câncer de mama é detectada pela saliva através de um sensor incorporado em um filme ultrafino

3 abr 2016 - 14h21
(atualizado em 4/4/2016 às 14h14)
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A detecção do câncer de mama cedo favorece seu tratamento, por isso, uma equipe do Centro Tecnológico de Monterrey (México) desenvolve um dispositivo para facilitar este processo por meio da saliva.

Foto: iStock

Através do sensor incorporado em um filme ultrafino -de cerca de dois mícrons de espessura e dez milímetros de comprimento-, o dispositivo é capaz de detectar uma proteína conhecida como Cerb-b2.

Esta proteína, que se localiza na saliva, é desenvolvida por "um grupo muito amplo de mulheres" que apresentam câncer de mama nos períodos iniciais, explica o responsável da pesquisa, o médico Joaquín Esteban Oseguera Peña à Agência Efe.

A grande vantagem deste método é que antecipa a detecção da doença mesmo em mulheres que realizam auto-exame, já que a prova funciona quando o tumor é medido em mícrons -com um tamanho mil vezes menor do que quando pode ser detectado manualmente.

A Cerb-b2 aparece em, aproximadamente, 98% das mulheres com câncer de mama.

Com este aparelho "imediatamente poderia ser decidido se há esta proteína e, em consequência, quais são as probabilidades de que a pessoa esteja desenvolvendo câncer de mama", afirmou Oseguera, que lidera um grupo de pesquisa de oito pessoas no campus do Estado do México da instituição universitária.

"A ideia fundamental -continua o médico- é que o dispositivo possa ser acessível a todo o público, sobretudo em lugares afastados ou de difícil acesso para equipes mais sofisticadas".

Segundo o médico, é "provável" que a ideia de um dispositivo como este possa se estender a outros tipos de câncer vinculados com outras proteínas, embora seja necessário "fundamentá-lo com estudos".

Por enquanto, a equipe de pesquisa entrou em contato "só em nível preliminar" com alguns hospitais públicos da área, e em aproximadamente um ano terá constituído todo o desenvolvimento adicional que permitirá realizar testes com pacientes.

EFE   
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