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Chikungunya: Anticorpos de vacina se mantêm ativos um ano após aplicação, aponta fabricante

A farmacêutica pretende finalizar o pedido de licença à FDA até o fim de 2022; Testagem em adolescentes também já foi iniciada no Brasil para incluir a faixa etária

6 dez 2022 - 20h28
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A vacina contra Chikungunya produzida pela farmacêutica francesa Valneva, em parceria com o Instituto Butantan, apresentou persistência dos anticorpos após um ano da vacinação com dose única em participantes do ensaio clínico. A testagem foi feita após as boas respostas do estudo de fase 3, que verificou a imunogenicidade e segurança do imunizante.

O ensaio dedicado a verificar essa persistência dos anticorpos foi feito com um subgrupo de 363 pessoas maiores de 18 anos que estão sendo acompanhadas por pelo menos 5 anos para verificação da durabilidade após dose única.

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya. Estima-se que mais de três quartos da população mundial vivem em áreas de risco de transmissão do vírus.
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya. Estima-se que mais de três quartos da população mundial vivem em áreas de risco de transmissão do vírus.
Foto: Sérgio Castro/Estadão / Estadão

"Estamos entusiasmados com estes dados de doze meses que estão de acordo com o que vimos na nossa leitura anterior do mês 6 após a vacinação, e reforçam as possibilidades de uma resposta de anticorpos duradoura ao nosso candidato a vacina contra o chikungunya.", afirmou o médico chefe da Valnesa, Dr. Juan Carlos Jaramillo.

O resultado observado foi positivo também em pessoas maiores de 65 anos, que mantiveram o número de anticorpos parecidos com de adultos mais jovens. A resposta confirma continuidade ao resultado de 96% de taxa de resposta relatado nos seis meses após a vacinação. O monitoramento deve continuar anualmente.

No Brasil, os testes em adolescentes já foram iniciados com a coordenação feita pelo Instituto Butantan. Jovens saudáveis de 12 e 17 anos foram chamados para o estudo e com a devida autorização dos pais receberão o imunizante em dose única, que também terá acompanhamento com duração entre 6 a 12 meses.

A pesquisa pretende recrutar 750 adolescentes em sete centros de pesquisa do Brasil.

Até o fim deste ano, a Valneva espera finalizar sua apresentação de Biologics License Applications (BLA) junto ao U.S. Food and Drug Administration (FDA), agência federal de saúde dos Estados Unidos que regula produtos farmacêuticos. O processo é uma solicitação de elegibilidade do imunizante.

Casos de Chikungunya no Brasil

De acordo com Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, até setembro deste ano foram 162.407 casos prováveis de chikungunya no Brasil, um aumento de 89,4% quando comparado ao mesmo período de 2021. A região Nordeste apresentou a maior incidência com 243,7 casos a cada 100 mil habitantes.

Dentre os sintomas da doença estão a febre alta, dor nas articulações e músculos, dor de cabeça, náusea, erupção cutânea e artralgia crônica. Apesar de baixa mortalidade, a Chikungunya apresenta alta morbidade que atinge principalmente áreas endêmicas como o Brasil.

Apenas em 2022, já foram registrados 64 óbitos pela doença no País, sendo 30 apenas no Estado do Ceará. Outros 45 casos de óbitos estão sob investigação.

Estadão
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