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Sentir-se sonolento ao longo do dia pode ser sinal de Alzheimer, diz estudo

Pesquisas já vinham mostrando como pessoas com o quadro costumam ter um sono mais interrompido

21 mar 2018 - 14h56
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Quando falamos em Alzheimer, não dá para indicar apenas um sintoma simbólico, afinal é uma doença que mexe com a mente de diferentes formas.

No entanto, um estudo recente publicado em 12 de março na revista científica norte-americana JAMA Neurology mostrou uma associação entre a sonolência durante o dia com o acúmulo de beta-amilóide em pessoas mais velhas, uma ligação bem próxima ao desenvolvimento do Alzheimer.

Para chegar a esta conclusão os estudiosos analisaram 283 pessoas com mais de 70 anos que participaram de um estudo longitudinal maior feito pela Clínica Mayo sobre envelhecimento, que incluía inicialmente 2.900 pessoas.

Os pacientes selecionados não tinham nenhum tipo de demência e responderam questões sobre seus hábitos de sono, além de terem concordado em passarem por alguns escaneamentos do cérebro buscando por proteínas beta-amiloide.

Ao longo do estudo, 22% dos pacientes apresentavam problemas de sonolência durante o dia . E ao comparar seus exames com os outros pacientes, notou-se que eles tinham uma tendência a mostrar mais acúmulos e em maior velocidade de proteínas beta-amilóides em seus cérebros, um evento muito associado ao Alzheimer.

Além disso os locais do cérebro em que esse acúmulo ocorreu são típicos em pessoas com o quadro.

Mas qual é essa relação?

A ideia do estudo veio do fato de que pessoas com Alzheimer costumam apresentar ter um sono mais interrompido.

Além disso, estudos biológicos já demonstraram que durante o sono o cérebro costuma limpar esses depósitos de amilóides.

O que não estava claro era se o fato de se dormir mal favorecia o acúmulo de proteínas beta-amilóides ou se eram este acúmulo que atrapalhava o sono. E isso ainda tem sido estudado.

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