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Pesquisadores identificam primeiro caso de paciente sem vitamina D no organismo

Após a mulher sofrer uma série de fraturas ósseas e fazer exames médicos, foi descoberto que ela não tinha vitamina D circulando no sangue

30 abr 2019 - 15h53
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A falta de vitaminas pode trazer diversos problemas ao organismo, por isso é extremamente importante estar atento aos sinais do corpo que podem indicar uma deficiência dessas substâncias. Recentemente, um caso envolvendo a ausência de umas das vitaminas mais importantes para o corpo humano chocou especialistas ao redor do mundo.

Foto: Reprodução/Shutterstock
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Foto: Getty Images / Minha Vida

Um estudo, publicado no New England Journal of Medicine, identificou o primeiro caso de uma pessoa que vive sem a proteína necessária para ligar e transportar a vitamina D na corrente sanguínea.

O artigo, liderado por um geneticista da Universidade de Calgary e co-autoria de pesquisadores da Universidade de Washington em Seattle, EUA, e da Universidade da Columbia Britânica (UBC), abre importantes e novos canais de pesquisa sobre como o corpo transporta e absorve vitamina D, assim como a melhor maneira de medir isso.

A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular.

Segundo a publicação, na década de 90 uma mulher de 33 anos procurou ajuda médica quando começou a notar que estava ficando encurvada e com dificuldade de mobilidade em algumas regiões do corpo. Nesta época, o médico Raymond Lewkonia, da Universidade de Calgary, diagnosticou-a com espondilite anquilosante.

No entanto, após oito anos, a paciente sofreu uma série de fraturas no corpo. Então, o médico receitou alguns suplementos de vitamina D, porém ao fazer exames laboratoriais mostraram que ela não tinha vitamina D circulando no sangue.

"Não importa quanto ou quantas vezes eles lhe davam vitamina D, os níveis não se moviam acima de zero", indicaram os médicos no artigo.

O médico geneticista Patrick Ferreira foi o primeiro a ajudar a descobrir o quebra-cabeça, e imediatamente suspeitou que havia um problema com a proteína de ligação da vitamina D da mulher.

Os pesquisadores realizarem uma série de exames para provar que de fato a mulher é incapaz de produzir qualquer proteína de ligação à vitamina D, porque ela não tem o gene necessário para fazê-lo.

Essa descoberta abre portas para novas pesquisas sobre como a vitamina D e sua proteína de ligação funcionam no corpo, além de como avaliar a existência da substância no organismo.

"Isso também aumenta a controvérsia atual sobre como a vitamina D deve ser medida e o que deve ser considerado um nível normal", afirma Julien Marcadier, MD, professor assistente clínico nos departamentos médicos de genética e pediatria na Faculdade de Medicina Cumming e autor sênior do artigo.

Este é o primeiro caso relatado de um ser humano incapaz de produzir qualquer proteína de ligação à vitamina D. A mulher, que não deseja ser identificada, está tomando vitamina D todos os dias e não sofreu nenhuma fratura recente. Ela continua a trabalhar com sua equipe médica, na tentativa de entender melhor o papel da vitamina D no organismo.

Como obter a vitamina D?

Apesar de estar presente em alimentos de origem animal, estas comidas não possuem a quantidade de vitamina D que o organismo necessita. Por isso, para evitar a carência da substância é importante tomar de 15 a 20 minutos de sol ao dia. Braços e pernas devem estar expostos, pois a quantidade de vitamina D que será absorvida é proporcional a quantidade de pele que está exposta.

Ao se expor ao sol para obter a vitamina é importante não passar o filtro solar. Para se ter uma ideia, o protetor fator 8 inibe a retenção de vitamina D em 95% e um fator maior do que isso praticamente zera a produção da substância. Para evitar o câncer de pele, após os 15 a 20 minutos recomendados para obter a vitamina, passe o protetor solar.

As janelas também atrapalham a absorção da vitamina D. Isto porque os raios ultravioletas do tipo B (UVB), capazes de ativar a síntese da vitamina D, não conseguem atravessar os vidros.

A exposição ao sol da maneira recomendada irá proporcionar as 10 mil unidades de vitamina D. Como a exposição solar já irá proporcionar boas quantidades da substância, é importante que a necessidade do indivíduo seja analisada por um profissional da saúde a fim de saber se apenas o sol é o suficiente ou se é preciso uma alimentação rica na substância ou suplementação.

Veja outras fontes de vitamina D, sinais de deficiência e como usar o suplemento!

Minha Vida
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