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Depressão é mais comum entre quem come carne, gordura e açúcar em excesso

Pesquisa descobriu risco 1,4 vez maior de desenvolver a doença entre quem tem alimentação inflamatória

21 dez 2018 - 17h50
(atualizado às 18h53)
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Já ouviu falar no ditado "você é o que você come"? A alimentação é mais do que uma forma de obter energia para o corpo, mas regula outros mecanismos dentro de nós. Um estudo que levantou dados de mais de 100 mil pessoas descobriu que quem come mais alimentos inflamatórios, como carnes, gordura e açúcar, tem mais chance de desenvolver depressão.

Depressão é maior entre quem come carne, gordura e açúcar em excesso
Depressão é maior entre quem come carne, gordura e açúcar em excesso
Foto: Getty Images / Minha Vida

A pesquisa reuniu estudos feitos com 101.950 participantes entre 16 e 72 anos. Todos esses estudos obtiveram dados sobre hábitos alimentares e sobre sintomas de depressão. Eles descobriram que quem tinha uma alimentação rica em alimentos inflamatórios tinha 40% a mais de chance de desenvolver depressão.

Por isso, o estudo evidenciou a importância da alimentação anti-inflamatória, rica em frutas, legumes, verduras e oleaginosas, para prevenir e combater a doença. "Simplesmente mudar o que comemos pode ser uma alternativa mais barata às intervenções farmacológicas, que geralmente surgem com efeitos colaterais", disse Steven Bradburn ao site Medical Xpress.

O estudo foi feito na Universidade Metropolitana de Manchester, na Inglaterra.

Dieta inflamatória

O nutrólogo Roberto Navarro Sousa Nilo explicou: Usamos na nutrologia o termo dieta pró-inflamatória quando ingerimos uma alimentação excessiva em carne vermelha, leite integral e derivados como queijos amarelos e manteiga, embutidos como salame, mortadela, presunto, bacon, que são fontes de ômega 6 e também excessiva em frituras, açucares e doces, farinha branca (refinados) e refrigerantes e pobre em legumes e verduras, frutas, cereais integrais e gordura ômega 3. Esses alimentos promovem as citocinas pró-inflamatórias, que defendem o corpo de invasores mas podem ter ação excessiva.

De maneira inversa usamos o termo dieta anti-inflamatória uma alimentação rica em gordura ômega 3 (salmão, atum, sardinha, arenque, cavala, linhaça, oleaginosas), legumes e verduras, frutas, cereais integrais e fibras e controlada nas fontes de gordura ômega 6. Isso promove as citocinas anti-inflamatórias, que têm a missão de migrarem até a região do corpo onde a batalha está ocorrendo para controlar a potência da reação inflamatória e não permitirem uma autoagressão das citocinas pró-inflamatórias contra o nosso próprio organismo.

Entenda melhor no artigo que explica como a alimentação influencia a inflamação no organismo.

Minha Vida
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