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Cleo e Antonia revelam compulsão e depressão: como superar?

Irmãs revelam ter sofrido com pressão estética e contam como superaram as doenças

28 ago 2019 - 19h20
(atualizado às 20h50)
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Na última terça (27), as irmãs Cleo Pires e Antonia Morais revelaram no programa Conversa com Bial, que sofreram com depressão e distúrbios alimentares por causa da pressão estética e dos padrões de beleza do corpo "perfeito". Ambas passaram por problemas semelhantes, mas buscaram ajuda e já estão recuperadas.

Foto: Eduardo Martins / AgNews
Foto: Eduardo Martins / AgNews
Foto: Getty Images / Minha Vida

No bate-papo, elas falaram sobre os efeitos dos remédios para emagrecer e da dificuldade de entender que a situação que estavam se configurava como uma doença. E lembraram que isso não acontece só com elas por serem artistas e famosas; muitas outras sofrem ou já sofreram com questões sobre a imagem corporal.

Depressão e compulsão alimentar

Cleo contou à Bial da convivência com a depressão: "É muito séria, porque não é um dia de tristeza ou ficar na cama. Não é isso. É uma doença, mas você não vê. Então as pessoas tendem a não levar à sério, acham que é drama ou preguiça".

Também revelou como a depressão acabou levando-a a desenvolver a compulsão alimentar. "Acho que é um distúrbio da forma como você se vê. Distúrbio alimentar, em que você toma coisas que tiram totalmente sua fome e, de repente, você passa por alguma coisa emocional em que você fica desequilibrada e você come o pé da mesa. Não tem fim. Você come até passar mal mesmo", afirmou.

E no mesmo dia, a atriz postou fotos e vídeos em seu instagram e foi criticada e chamada de gorda por alguns internautas. Veja:

Inclusive, o post fazia uma crítica a rótulos: "Por muitas vezes, nós, mulheres somos rotuladas. Rotuladas por algo que não somos, por algo que não nos identificamos e por algo que a sociedade empurra goela abaixo. (...) Rótulos NUNCA irão me definir! todas nós temos o direito de mudar, de errar, de questionar, de sermos quem a gente quiser, hoje e sempre!", disse.

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EU DESAFIO OS RÓTULOS ?? . Por muitas vezes, nós, mulheres somos rotuladas. Rotuladas por algo que não somos, por algo que não nos identificamos e por algo que a sociedade empurra goela abaixo. . Eu mesma já recebi diversos rótulos, um deles é o INCONSTANTE. ?? O fato de eu sempre estar mudando, me redescobrindo, me permitindo não significa que os meus ideais e os meus princípios também mudem. As pessoas só enxergam aquilo que querem enxergar, ninguém está realmente disposto a te conhecer a fundo, por isso é muito mais fácil viver num mundo ?rotulado?. . Rótulos NUNCA irão me definir! ??? todas nós temos o direito de mudar, de errar, de questionar, de sermos quem a gente quiser, hoje e sempre! . E você? Já foi rotulada? Conta aqui pra mim e vem fazer parte desse movimento lindo da @naturabroficial #SouMaisQueUmRotulo ?

Uma publicação compartilhada por Will Not B Defined (@cleo) em 27 de Ago, 2019 às 4:04 PDT

Crise de pânico

Sua irmã, Antonia Morais, também afirmou que tomava remédio para perder peso e começou a sofrer problemas psicológicos. "Esses remédios mexiam com a minha cabeça, então eu comecei a ter várias questões, crise de pânico, depressão, paranóia, foi bem horrível", confessou.

Também no instagram, Antonia afirmou que aos 21 anos sofria com auto estima baixa por causa da própria imagem. "Eu me matava um pouquinho todos os dias porque odiava a imagem que via quando me olhava no espelho. Nada era o suficiente", escreveu no post. Veja:

Ver essa foto no Instagram

Essa sou eu, com 21 anos de idade. Magra, porém complexada com meu corpo. Fumava, era viciada em remédios para emagrecer, bebia litros de café por dia e fazia dietas LOUQUÍSSIMAS (entre outras coisas...) Estética era tudo para mim. . Saúde? Eu não tava nem aí pra isso. Eu me matava um pouquinho todos os dias pq odiava a imagem que via quando me olhava no espelho. Nada era o suficiente. . Que bom que as coisas mudaram e que continuam mudando! A aceitação é um caminho eterno e um exercício diário. É como um músculo, todos os dias temos que exercitar um pouquinho. Se eu disser aqui que eu já cheguei lá e que hoje em dia me aceito 100% vou estar mentindo e sendo hipócrita. É preciso persistir e insistir muito no amor próprio TODOS OS DIAS. Desconstruir todos os padrões que nos foram impostos desde que somos muito novinhxs, é um processo árduo e difícil, mas está longe de ser impossível. . Eu estou no caminho!! E tem sido bem sucedido :) Quem vem comigo?! Falei um pouco a respeito nos Stories.

Uma publicação compartilhada por ANTONIA MORAIS (@_antoniantonia) em 19 de Mar, 2019 às 1:01 PDT

Além disso, também afirmou que teve dificuldades de pedir ajuda, pois sentia vergonha e não queria assumir o distúrbio a si mesma. "É uma mistura de sentimentos que te impede de pedir ajuda", revelou.

Mas hoje, já não tem mais pudor com o próprio corpo, nem mesmo vergonha em fazer cenas de nudez.

Procurando ajuda

Tanto Cleo como Antonia, conseguiram procurar ajuda psicológica e afirmaram que receberam apoio para enfrentar o problema. Antonia levou um pouco mais de tempo para abrir o jogo mesmo com as pessoas que amava, como os familiares.

"Você tem um pouco de vergonha também. Você não quer assumir aquilo pra você, então é uma mistura de sentimentos que te impedem de pedir ajuda", disse. Até Cleo só conseguiu ajudá-la mesmo na fase final da doença.

O que é compulsão alimentar?

A compulsão alimentar é uma doença mental em que a pessoa sente necessidade de comer, mesmo quando não está com fome, e que continua a comer mesmo quando já está satisfeita. Pessoas com esta doença comem grandes quantidades em pouco tempo, e durante o episódio, ela sente que perdeu o controle.

Há muitos problemas que podem causar a compulsão, como dieta para emagrecer feita de forma errada, comer por conforto emocional, estresse, problemas com imagem corporal e até pode estar relacionado a outros problemas emocionais graves. As informações são do Centro Nacional de Transtornos Alimentares dos Estados Unidos.

Remédio para emagrecer: quando usar?

Os remédios para emagrecer nunca devem ser usados como primeira alternativa. O indicado é que a pessoa tente primeiro alterar seus hábitos alimentícios e fazer exercícios físicos. Caso não sejam eficientes, um especialista deve ser consultado e irá analisar o caso de cada paciente.

O ideal é que seja usado em casos em que a pessoa possua um IMC acima de 30 ou acima de 27 com problemas metabólicos, assim os benefícios serão maiores que os efeitos colaterais dos remédios.

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