Setembro Amarelo: como falar sobre suicídio na adolescência sem tabu
O Setembro Amarelo é um convite para falar de saúde mental sem medo e sem tabu. O tema é urgente: no Brasil, o suicídio já é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2024). Nos Estados Unidos, um a cada cinco estudantes já pensou em suicídio, que aparece como a segunda maior causa de morte entre crianças, adolescentes e jovens de 15 a 24 anos.
O médico infectologista e professor da Inspirali, Dr. Evaldo Stanislau, lembra que esse risco é ainda mais alto entre jovens LGBTQ+, que enfrentam preconceito e discriminação. "É um problema gigante, que não pode ser simplificado em sua abordagem", reforça o especialista.
Mas como falar sobre isso com adolescentes? O Dr. Evaldo dá algumas dicas:
- Mostre que existem outras saídas. É essencial reforçar que o suicídio não pode ser visto como única solução para problemas difíceis.
- Converse sobre fatores externos. Redes sociais, bullying, problemas na escola ou discriminação precisam ser tratados com franqueza.
- Olhe para dentro. Entender sofrimentos, pensamentos e emoções ajuda a encontrar formas mais saudáveis de lidar com eles.
- Estimule o diálogo. Conversar com pais, familiares, amigos e buscar ajuda profissional pode salvar vidas.
O especialista ainda destaca a importância de oferecer ferramentas práticas, como o contato do CVV (188), serviço gratuito e disponível 24 horas para apoio emocional.
Neste Setembro Amarelo (e no ano inteiro), a mensagem é clara: falar sobre suicídio é um ato de cuidado. Estar atento, ouvir e acolher pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.