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Casais 50+: até quando vale a pena manter um casamento longo?

A mudança de comportamento de uma das pessoas acaba afetando diretamente no relacionamento

7 fev 2025 - 17h36
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Psicanalista recomenda terapia para casais que enfretam crise em casamento longo
Psicanalista recomenda terapia para casais que enfretam crise em casamento longo
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O casamento é uma relação que enfrenta ao longo dos anos altos e baixos. As pessoas compartilham momentos de alegria, vão mudando seu modo de ver a vida com o tempo e acabam mudando.

Algumas vezes, essa mudança de comportamento afeta o relacionamento e traz infelicidade para ambos ou um dos parceiros - especialmente quando é um casamento que já dura muitos anos, entre pessoas com mais de 50 anos.

Quando as brigas e desentendimentos são frequentes, e já foi feito tudo para tentar melhorar e nada acontece, o que fazer? Vale a pena levar um casamento infeliz por anos por medo da solidão?

"Quando a gente está há muitos anos com alguém é natural que se perca um pouco da referência de si mesmo e que haja quase que uma mistura com o outro. Você não sabe mais quem gostou daquele filme, se foi você ou se foi o outro. Quem comprou aquela mesa, quem gostou daquele curso. É natural haver essa mistura que a pessoa se veja na vida com o outro", explica a psicanalista Ana Gabriela Andriani, mestre e doutora pela Unicamp.

A profissional diz que a separação implica num luto desse "estar a dois". "Implica também numa tentativa de cada um se reencontrar consigo mesmo, de se redescobrir em termos de desejos, de planos, de possibilidades de escolha do que gosta, do que quer, do que pensa sobre a vida, sobre as situações, sobre o futuro", conta.

Essa decisão, muitas vezes, não é uma tarefa fácil. "A sensação de solidão pode vir tanto desse luto da relação em si, como do luto do deixar de estar a dois, de ser uma dupla e ter que passar a ser só. Do ter que viver esse reencontro consigo mesmo, com o novo. Da dúvida de quem será sem aquela pessoa", diz Ana Gabriela.

Com isso, muita gente experimenta o medo e insegurança de seguir uma vida nova e sente uma angústia de retomar a vida, começando uma segunda etapa da vida sozinho, tendo que descobrir recursos para viver só.

"É importante refletir sobre essa questão e em muitos casos eu recomendo que essa questão seja refletida em uma terapia para se descobrir o que vale mais: estar numa relação insatisfatória, que está frustrante só para se sentir acompanhado, sendo que muitas vezes, na verdade, não se está acompanhado, isso é uma ilusão, pois quando a relação está muito insatisfatória as duas pessoas já estão muito distantes, ou seja, já estão sozinhos", explica.

A psicanlista sugere uma reflexão sobre avaliar se não é o momento de tentar buscar uma vida nova. "Tentar transformações e até novas possibilidades de ser e de se relacionar? O que será mais importante?", conclui.

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