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Toxina botulínica pode ter efeitos antidepressivos; entenda

19 mai 2014 - 13h00
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Além da eficácia em resultados cosméticos, a toxina botulínica pode atuar contra os efeitos da temida depressão
Além da eficácia em resultados cosméticos, a toxina botulínica pode atuar contra os efeitos da temida depressão
Foto: Shutterstock

Pesquisas apresentadas recentemente no Encontro Anual da Academia Americana de Dermatologia apontaram que a famosa toxina botulínica oferece benefícios que vão muito além da aparência da pele. Segundo os estudos, o ativo funciona como um verdadeiro antidepressivo quando aplicado na região glabelar do rosto - aquela compreendida entre as sobrancelhas.

Após receberem as aplicações da toxina do tipo A e serem avaliados em um período de seis meses, trinta pacientes com os sintomas da doença apresentaram uma significativa melhora de humor, mesmo após os efeitos cosméticos desaparecem e as rugas retornarem à face.  

“Desde 2006, tem sido reportados casos de evolução do quadro depressivo de pacientes que fizeram o uso da substância para fins estéticos. O que ainda não estava claro era se isso acontecia devido à ação direta da toxina ou por um benefício secundário”, explica Cristiane Dal Magro, dermatologista de Brasília que participou do encontro.

Embora não exista um consenso sobre como os efeitos antidepressivos se manifestam no corpo a partir da aplicação do composto na pele, há uma teoria com a qual os pesquisadores tentam explicar o processo. A hipótese é baseada em estudos de ressonância magnética cerebral, que defendem a ideia de que a redução dos estímulos sensitivos em nervos faciais diminui a chegada de informações sobre medo e ansiedade ao cérebro. De acordo com os biologistas, isso acontece devido ao relaxamento da musculatura facial que  limita um pouco o fluxo sanguíneo cerebral, causando um efeito similar a técnicas de relaxamento, como Yoga e Tai Chi Chuan.

Apesar dos resultados promissores, o uso da toxina botulínica para o combate à depressão ainda não foi aprovado nos Estados Unidos e nem no Brasil. Contudo, se novos estudos reproduzirem as conclusões divulgadas, ela poderá representar uma mudança de paradigma na forma de lidar com o problema. 

Como aplicar?

Para surtir o efeito apresentado no estudo, a toxina botulínica do tipo A deve ser aplicada somente na região glabear, onde são formadas rugas frequentemente associadas com a preocupação ou com estados de angústia e raiva. É importante ressaltar que, durante a pesquisa, a manipulação do ativo obedeceu aos padrões e doses usuais dos tratamentos cosméticos da face, sendo aplicado, inclusive, em todos os tipos de pele. 

Fonte: Agência Hélice
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