|
Ser "observer" é forma de se iniciar na atividade
Gabriela começou a voar com a família Haim há dez anos. "Comecei como observer", lembra. Nos campeonatos todo piloto tem de levar um observer que vai "vigiar" todas as infrações e acertos de um outro piloto, e sempre eles acabam voando também. "Assim comecei a voar com todos competidores nos campeonatos brasileiros", conta. Atualmente, há cerca de 30 equipes em cada competição que participam de pelo menos dez provas em cada campeonato.Os observers têm de ficar atentos a cada tarefa, onde decolam os balões, onde pousam e a todas as infrações, verificar as marcas e etc. "Aos 17 já era a chefe dos observes dos campeonatos, com 20, virei chefe dos observer do Brasil e continuo até hoje no cargo." Ela aproveita para convidar os interessados a fazer o próximo curso de observer, que vai acontecer em outubro e que é gratuito. "É só entrar em contato com a associação, depois do curso tem uma prova, e em seguida a pessoa já poderá participar dos campeonatos, não tem salário, mas a alimentação, transporte e a estada são grátis". Os interessados devem ter, no mínimo, 18 anos de idade. Como Gabriela não tem seu próprio balão, foi adiando o máximo que pode a prova parar tirar o brevê. "Fiz meu primeiro vôo solo no dia 23 de janeiro deste ano e tirei o brevê durante o Campeonato Brasileiro deste ano, em Maringá, em julho." Para tirar o brevê é simples, basta procurar um dos instrutores da ABB e fazer 16 horas de vôo com instrutor, fazer o exame de capacidade física no Hospital da Aeronáutica; voar solo e, por último, executar um vôo com o checador indicado pela aeronáutica." O instrutor de Gabriela foi o próprio Salvator. "Fiz 19 horas de vôo com instrutor e o mais difícil é mesmo controlar a velocidade de descida na hora do pouso", avalia. Ela explica que onde tem avião e helicóptero, os balões só podem voar com teto máximo de segurança de 5 mil pés. Para ela, uma das seis mulheres brasileiras que pilotam balão, o melhor de vôo é a "sensação de liberdade, de poder estar pertinho das árvores e passar perto dos bichos. "Parece que você faz parte da natureza parece que não está interferindo", afirma. Como a temperatura é sempre mais estável logo que o sol nasce, é nesta hora que acontecem os melhores vôos. Para Gabriela, seu melhor vôo foi o primeiro solo: "Decolei com o sol nascendo e a lua se pondo, e o balão sobrevoou a represa de Americana (SP)". Leia mais: » Divirta-se no pior meio de transporte que existe » Barulho do fogo assusta iniciantes » Vôo turístico é opção » Saiba mais
Agência Estado
|