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BALONISMO

Divirta-se no pior meio de transporte que existe

Vidal Cavalcante/AE
Equipe prepara balão para vôo, no interior de São Paulo
Pouco divulgado no Brasil, o balonismo vem atraindo cada vez mais jovens que se reúnem nos finais de semana para voar, ou simplesmente ajudar o piloto. "Não há escolas", avisa a piloto e observer (juiz de prova) Gabriela de Britto Slavec, de 25 anos. "O jeito é procurar um instrutor da Associação Brasileira de Balonismo (ABB) para te ensinar", explica. A maioria dos vôos acontece no interior de São Paulo, onde também é possível simplesmente passear de balão.

"O balão é o pior meio de transporte que existe, você nunca sabe para onde vai e quanto tempo vai demorar", avalia o balonista Sandro Haim. "Mas como forma de lazer é fantástico", completa. É dele aquele balão supercolorido que apareceu no primeiro capítulo da novela O Amor Está no Ar, lembram?

"Voar de balão é um esporte muito caro, além disso é preciso tirar brevê e contar com o apoio da equipe de resgate", diz Haim, que conta com o tradicional "paitrocínio". "Meu pai (Salvator Haim), minha mãe e meu irmão (Sacha Haim) também são balonistas. E eu tirei o brevê antes da carteira de motorista", conta.

Os balões são movidos a gás propano, que mantém o maçarico aceso para aquecer o ar do envelope, que é feito de um tecido especial e mede aproximadamente 25 metros de altura. Os balões, normalmente, têm autonomia de vôo de 1h20 e podem chegar a 14 mil pés de altura (4.200 metros). Mas não é só quem voa que se diverte, as equipes de resgate com suas picapes 4x4 fazem verdadeiras loucuras para acompanhar da terra o trajeto do balão de sua equipe no ar. "Quem quer voar vai ter de carregar peso, só o envelope pesa 200 quilos e os cilindros (são quatro) mais o cesto mais 150 quilos", frisa Gabriela. "É por isso que ninguém voa sozinho", completa. Ela é formada em Geofísica, trabalha como pesquisadora na USP, com ecoturismo e adora explorar cavernas.

"O melhor de voar num balão é a surpresa", tenta definir Haim. "A aventura toda é que você não tem garantia nenhuma de nada. Não sabe da onde vai levantar, quanto tempo vai demorar, ou até onde será o pouso. O legal é não ter um lugar certo para chegar e o momento de maior adrenalina é no pouso".

E, ao contrário do que possa parecer, é muito rápido montar um balão. "Nosso recorde é seis minutos numa competição", lembra Flávio Augusto de Oliveira Queirós Bisneto, primo e parceiro de Sandro. "Mas geralmente montamos tudo em 20 minutos". O único problema dos balonistas é a chuva. "Com chuva não há vôo", prossegue, "a água da chuva cozinha o tecido do envelope", explica Sandro Haim. "E a pior parte é dobrar tudo e carregar até o carro", finaliza.

O documentário Três Chapadas e um balão, exibido há dois anos na TV Cultura foi uma das aventuras da família Haim. Neste documentário, eles percorreram as chapadas Diamantina, Guimarães e dos Veadeiros. "Foi uma idéia da Griffa produções" comenta Sandro.

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Agência Estado

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