Entenda por que ninguém "morre de aids"
O vírus HIV não mata o infectado: ele apenas debilita o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo, "abrindo a porta" para outras doenças atacarem o corpo do infectado. É por isso que não se costuma dizer que alguém "morreu de aids", mas "em conseqüência da aids".
Estas doenças que atacam o corpo facilitadas pelo HIV são chamadas de "doenças oportunistas" e, geralmente, não têm força para atacar um ser humano com o sistema imunológico funcionando normalmente.
Confira algumas das doenças comumente relacionadas à aids:
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Retinite: inflamação da retina, podendo ser ocasionada pelo citomegalovírus (CMV) e Toxoplasma gondii.
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Colite: inflamação do intestino grosso, causada por diversos microorganismos.
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Esofagite: inflamação do esôfago, causada principalmente pela cândida, herpes e CMV.
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Dermatite seborréica: Descamação da face, freqüentemente acompanhada de infecção local por fungo.
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Neuropatia periférica: Inflamação dos nervos, principalmente os dos membros inferiores, que provoca dores, formigamento e anestesia.
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Pancreatite: Inflamação do pâncreas, freqüentemente considerada um dos efeitos colaterais dos medicamentos.
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Aftas: Freqüentemente seu surgimento se deve a efeitos de medicamentos pela ação do HIV.
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Sarcoma de Kaposi: Espécie de câncer de pele caracterizado por lesões que vão desde manchas até tumores localizados na pele, nas mucosas e órgãos internos.
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Linfoma: Tumor maligno, freqüentemente localizado no cérebro, gânglios e tecidos linfáticos.
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Neurotoxiplasmose: infecção causada pela reativação do protozoário Toxoplasma gondii. No paciente soropositivo, costuma acometer o sistema nervoso.
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Tuberculose: Infecção causada por bacilo que, no paciente de aids, pode se manifestar em diversos órgãos, não só nos pulmões.
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Microbacteriose - Infecção causada por bactérias da "família" da tuberculose que surge quando há um maior comprometimento do sistema imunológico.
Algumas doenças podem causar lesões cerebrais e distúrbios que incluem desde falta de clareza para raciocinar até mudanças na afetividade e no humor. A pessoa com aids pode se apresentar confusa, com dificuldades de movimentação, de concentração, com lentidão para falar e pensar. Pode não estar completamente alerta, perder o interesse pelo trabalho e por outras atividades, e ter atitudes imprevisíveis e exageradas.
Para aqueles que possuem acesso aos tratamentos de ponta com coquetéis de remédios, a realidade da aids é menos cruel. Mas é preciso ser fiel à medicação. As pessoas com HIV devem também prestar atenção na dieta. Uma alimentação saudável fortalece o sistema imunológico e alivia os efeitos colaterais dos medicamentos. Exercícios físicos também são recomendáveis. Eles ajudam a prevenir a lipodistrofia, alteração na distribuição de gordura pelo corpo.
Redação Terra
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