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Do coquetel à luta contra o preconceito

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Defrontar-se com o resultado positivo de um teste de aids é o início de uma batalha que parece não ter fim. Aliás, depois de tantos anos de existência da doença, essa luta ainda está no começo. Prova disso é o número de mortes que a aids já fez: 22 milhões de pessoas no mundo todo. Outras 40 milhões vivem com a realidade da doença à espera de uma cura.

Para driblar o vírus, mas sem vencê-lo completamente, existem os coquetéis inibidores - uma carga diária de comprimidos que agem de duas formas: impedem a replicação do HIV bloqueando a enzima transcriptase e inibem a produção de protease, agindo no último estágio de formação do HIV, impedindo a ação da enzima que é fundamental para a formação da cadeia proteica produzida pela célula viral.

Com a chegada do coquetel, a contaminação pelo HIV passou a ser encarada pelos médicos - e também deveria ser pelas outras pessoas - como uma doença crônica, em que o infectado tem que se submeter a tratamentos e tomar o coquetel todos os dias. Com isso, o diagnóstico de contaminação pelo HIV deixou de ser considerado uma "sentença de morte". De acordo com o Ministério da Saúde, um dos maiores obstáculos enfrentados pelos portadores de HIV é o preconceito, que faz com que muitas pessoas deixem de fazer os exames para saber se têm o vírus, impedindo o começo do tratamento, ou mesmo de se tratar de forma correta e ter forças para continuar a viver. O preconceito, aliás, é o tema da campanha do Dia Mundial de Combate à Aids em 2002 do Ministério.

Apesar de o coquetel significar uma grande melhoria na qualidade de vida dos portadores de HIV, ele não é a cura nem a solução final para a doença. O que dificulta o tratamento é o fato do vírus se "esconder" no organismo - pode ficar incubado de três a dez anos - e sofrer mutações. Existem dois tipos conhecidos, o HIV-1 e HIV-2. O primeiro, isolado em 1983, é dividido em nove subtipos. O HIV-2 foi isolado em 1985 e carrega cinco subtipos. As mutações ocorrem na duplicação do HIV. Surgem vírus mais potentes e imunes à medicação que está sendo administrada.

Além de lidar com os diferentes tipos de vírus os médicos possuem outros inimigos. O coquetel estabiliza o quadro da doença e diminui a carga viral para números quase imperceptíveis, mas pode produzir efeitos colaterais, como náuseas, danos nos rins e no fígado. A solução para esses efeitos parece inusitada: a suspensão temporária dos medicamentos. A intenção ao usar essa tática é fazer com que o organismo não se "esqueça" que tem um inimigo a combater e assim fortalecer o sistema imunológico do paciente.

Mas outro problema atrapalha o tratamento: o custo. O Brasil, porém, conseguiu grande avanço, com os esforços de prevenção e também com o amplo programa de tratamento e atenção ao HIV positivo, que assegura a terapia anti-retroviral financiada pelo governo. Por causa disso, o país foi mostrado como exemplo no relatório do Programa das Nações Unidas para a aids (Unaids) publicado em novembro de 2001.


Redação Terra

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