
Princípio ativo
Os primeiros indícios de utilização
da folha de coca, matéria-prima da cocaína,
são encontrados há mais de três
mil anos, quando era mascada por povos que habitavam
a região andina da América do Sul.
A
folha de coca era utilizada por inibir a fome
e estimular longas caminhadas na altitude. Os
povos da época costumavam também
usar o sumo da folha para aliviar a dor, aplicando-o
em diferentes áreas do corpo.
Em
1862, o químico Albert Niemann produziu,
em laboratório, um pó branco a partir
da folha de coca que foi denominado cloridrato
de cocaína. Esse produto passou a ser usado
amplamente na sintetização de remédios
utilizados no fim do século XIX como tônicos,
supositórios e pastilhas expectorantes.
O cloridrato de cocaína chegou a ser utilizado
até na produção de vinhos.
No
início do século XX, a cocaína
era livremente comercializada como um remédio
comum, mas logo apareceram as primeiras mortes
por causa do abuso do consumo da droga. Por conta
das mortes, ela foi gradativamente sendo proibida
em quase todo o mundo.
Por
ser uma droga cara chegou a ser chamada de "caviar
das drogas" e, na década de 80, difundiu-se
muito na elite social americana, os "yuppies".
Em meados da década de 90, o número
de usuários alcançou a marca de
14 milhões de pessoas, que consumiam quase
500 toneladas da droga a cada ano.
Curiosidades
Um dos grandes problemas da cocaína é
a adulteração pela qual o produto
puro passa. Como é comercializada por peso,
diversas substâncias são acrescidas
ao produto inicial e, normalmente, chegam ao consumidor
final com apenas 30% de pureza. Os mais variados
produtos são misturados, como soda cáustica,
solução de bateria de carro, água
sanitária, cimento, pó de vidro,
hormônio para engorda de gado e talco.
Veja
também:
Efeitos e princípio
ativo
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