O dia 15 de novembro deve reunir a maior mobilização popular da Cúpula do Clima das Nações Unidas. Diversos movimentos marcaram presença em Belém e tiveram a companhia de importantes figuras políticas. As manifestações foram pautadas pela tradicional Marcha Global Pelo Clima, que costuma ser realizada no primeiro sábado da COP. O ato deste ano é significativo por marcar o retorno da Cúpula a um país com sistema político democrático. Nas últimas três COPs, no Egito, Emirados Árabes Unidos e Azerbaijão, os manifestantes não puderam realizar a marcha. O protesto reuniu pautas indígenas, com o povo Huni Kuin do Acre se fazendo presente e reivindicando a demarcação de terras. Outro grupo representado na Marcha Global Pelo Clima foi o Movimento dos Atingidos por Barragens. Uma carta da Cúpula dos Povos deverá ser lançada ao final da marcha com uma série de reivindicações; entre elas, a demarcação de territórios, financiamento para transição justa e ações de adaptação climática. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, foram algumas das figuras políticas proeminentes presentes no ato. Essa reportagem foi produzida como parte da Climate Change Media Partnership 2025, uma bolsa de jornalismo organizada pela Earth Journalism Network, da Internews, e pelo Stanley Center for Peace and Security.