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Incêndios florestais provocam desastre ecológico no Chile

Fortes ventos e baixa umidade em uma região que vive uma forte seca, complicam a luta contra o fogo

21 mar 2015 - 19h57
(atualizado às 21h04)
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Cinzas de árvores centenárias espalhadas ao longo de milhares de hectares podem ser vistas na região chilena de Araucania (sul) neste sábado (21), onde incêndios florestais arrasaram grande parte de uma reserva natural e ameaçam um parque nacional.

Depois de destruir milhares de araucárias - uma árvore típica da região -, as chamas chegaram ao vizinho parque nacional Conguilló
Depois de destruir milhares de araucárias - uma árvore típica da região -, as chamas chegaram ao vizinho parque nacional Conguilló
Foto: Reuters

"O incêndio florestal do parque nacional Conguillío está contido após atingir 79 hetares de área protegida, enquanto na China Morta (reserva natural a 760 quilômetros ao sul de Santiago) trabalham mais de 11 brigadas florestais, corpo de bombeiros, técnicos, e são contabilizados aproximadamente 3.700 hectares afetados pelas chamas", afirmou a Corporação Nacional Florestal (Conaf) em um comunicado.

O órgão nacional de emergência (Onemi) informou em seu primeiro comunicado neste sábado que são 25 os incêndios ativos "que afetam uma superfície de 11.428,2 hectares de vegetação no sul do país.

À tarde as autoridades anunciaram que um incêndio foi detectado em San Juan de la Costa, gerando alerta máximo, já que o fogo pode se propagar a madeireiras próximas de setores habitados.

'Catástrofe ecológica'

Na última sexta-feira, as autoridades chilenas informaram que quase 11.000 hectares de vegetação foram consumidos por incêndios que continuam em atividade ao longo do país. As condições territoriais extremas dificultam a tarefa de mais de 150 brigadistas que apoiados por helicópteros e maquinaria pesada combatem o fogo, que começou dias atrás.

Fortes ventos e baixa umidade em uma região que vive uma forte seca, complicam a luta contra o fogo, que matou centenas de espécies nativas e ameaçam a fauna do lugar.

"Estamos diante de uma catástrofe ecológica de grande magnitude. Trata-se de uma perda praticamente irreparável do ponto de vista da vida das atuais gerações", disse à AFP, do México, Luis Mariano Rendón, coordenador da Ação Ecológica.

Depois de destruir milhares de araucárias - uma árvore típica da região -, as chamas chegaram ao vizinho parque nacional Conguilló, despertando grande preocupação entre habitantes e autoridades.

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