Entenda o que são as placas tectônicas e como funcionam
Entenda o que são as placas tectônicas, sua função, importância, quais movimentos realizam e onde estão localizadas.
Placas tectônicas são blocos rígidos de rochas que compõem a litosfera terrestre, movendo-se lentamente uns em relação aos outros devido ao calor interno da Terra e eles são responsáveis por terremotos e erupções vulcânicas.
Terremotos não são comuns no Brasil, mas em outras partes do planeta são bem frequentes. Já se perguntou por que eles ocorrem? Ou por que algumas regiões da superfície terrestre são mais montanhosas do que outras?
Isso acontece justamente devido às placas tectônicas, que são importantíssimas para explicar a estrutura da Terra e os fenômenos geológicos que ocorrem em sua superfície.
Confira no texto abaixo quais são as placas tectônicas, como funcionam, seus tipos, as principais placas existentes, onde elas estão localizadas no Brasil, e a importância e os perigos associados a elas.
O que são placas tectônicas?
Placas tectônicas são grandes blocos rígidos de rochas que formam a litosfera, a camada mais externa da Terra. A litosfera é composta pela crosta terrestre e pela parte superior do manto. Essas grandes seções rochosas flutuam sobre o manto, que está em um estado semi-sólido (Magma) e se move lentamente devido ao calor interno da Terra.
Essas placas não são fixas; elas se movem lentamente umas em relação às outras, o que resulta em uma série de interações geológicas.
Essas placas podem ter diferentes tamanhos e formas. Algumas cobrem grandes extensões de terra, enquanto outras são menores. Essas placas estão em movimento constante, o que significa que a configuração da Terra está sempre mudando, embora de forma extremamente lenta.
Como funcionam as placas tectônicas?
As placas tectônicas se movem devido ao calor proveniente do interior da Terra, que gera correntes de convecção no manto. Essas correntes de convecção são como um motor que impulsiona as placas em diferentes direções.
O manto da Terra é composto por materiais derretidos que, ao serem aquecidos, tornam-se menos densos e sobem para a superfície, enquanto os materiais mais frios e densos afundam. Esse movimento cíclico cria forças que fazem as placas se moverem.
Existem três tipos principais de movimentos das placas tectônicas: divergente, convergente e transformante.
- Movimento divergente: Quando duas placas se movem em direções opostas. Essa é uma característica apresentada nas dorsais oceânicas, onde novas elevações oceânicas são formadas a partir da subida do magma presente no manto.
- Movimento convergente: Quando duas placas se movem em direção uma à outra. Esse tipo de movimento pode resultar em um processo conhecido como subducção, onde uma placa desce para o manto e é reciclada.
- Movimento transformante: Quando duas placas deslizam horizontalmente uma contra a outra, sem que uma suba ou desça em relação à outra. Esse movimento é observado em falhas, como a Falha de San Andreas, na Califórnia.
O movimento dessas placas litosféricas é extremamente lento, variando de alguns centímetros a alguns milímetros por ano. No entanto, ao longo de milhões de anos, esses movimentos podem ter um impacto significativo na formação dos continentes, oceanos e cadeias montanhosas.
Tipos de placas tectônicas
As placas tectônicas podem ser classificadas em diferentes tipos, dependendo de suas características e dos movimentos que realizam. Existem três tipos principais:
- Placas continentais: essas placas são formadas principalmente por rochas graníticas e formam os continentes. Elas são mais espessas e menos densas do que as placas oceânicas. As placas continentais podem colidir e formar grandes cadeias montanhosas, como o Himalaia, formado pela colisão das placas Indo-Australiana e Eurasiana.
- Placas oceânicas: essas placas são formadas principalmente por rochas basálticas e estão localizadas nos fundos dos oceanos. Elas são mais finas e mais densas que as placas continentais. Quando uma placa oceânica colide com uma placa continental, ela tende a afundar, um processo conhecido como subducção.
- Placas mistas: algumas placas possuem tanto áreas continentais quanto oceânicas. A Placa Norte-Americana, por exemplo, é uma combinação de ambas as características.
Além disso, existem zonas chamadas de dorsais oceânicas, que são regiões onde as placas estão se afastando, e fossas oceânicas, onde uma placa se submete sob outra.
Principais placas tectônicas
As principais placas tectônicas da Terra são grandes e cobrem vastas áreas. As mais conhecidas incluem:
- Placa Pacífica: a maior placa tectônica, que cobre uma grande parte do Oceano Pacífico e áreas adjacentes. É uma placa oceânica, sendo responsável por grandes atividades vulcânicas e sísmicas, especialmente no Anel de Fogo do Pacífico.
- Placa Norte-Americana: cobre a América do Norte, o norte do Oceano Atlântico e parte do Oceano Ártico. Ela interage com a Placa do Pacífico na região da Falha de San Andreas.
- Placa Eurasiana: engloba a Europa, parte da Ásia e o Oceano Ártico. Sua interação com outras placas é responsável pela formação de montanhas como os Alpes e o Himalaia.
- Placa Africana: cobre a maior parte do continente africano e parte do Oceano Atlântico. A interação desta placa com a Placa Eurasiática e a Placa Indo-Australiana tem um impacto significativo na formação de terremotos e vulcões.
- Placa Indo-Australiana: essa placa cobre tanto a Índia quanto a Austrália e a região do Oceano Índico. Sua colisão com a Placa Eurasiana resultou na formação do Himalaia.
- Placa Sul-Americana: cobre a maior parte da América do Sul, incluindo o Brasil, e interage com a Placa de Nazca ao longo da costa do Pacífico.
- Placa Antártica: cobre o continente Antártico e as águas circundantes. Está em movimento em direção à Placa de Nazca, o que resulta em atividade sísmica na região.
Onde ficam as placas tectônicas no Brasil?
O Brasil está situado no centro da Placa Sul-Americana. O movimento dessa placa tem uma grande influência na geologia do país. No entanto, o Brasil também está próximo de outras placas, como a Placa de Nazca, que fica ao longo da costa oeste do continente, no Oceano Pacífico.
A interação dessas placas, embora não resulte em atividades geológicas tão intensas quanto em outras regiões do mundo, ainda pode causar terremotos de baixa magnitude e outras atividades sísmicas. É por isso que países como Chile, Peru e até a Bolívia, registram terremotos com certa frequência.
Por que no Brasil não tem terremotos?
O Brasil não está localizado em regiões de alta atividade tectônica, como o Anel de Fogo do Pacífico, o que significa que o país tem um número relativamente baixo de terremotos.
No entanto, em regiões do Norte e Nordeste, é possível observar algumas falhas tectônicas, embora as atividades sísmicas sejam mais esparsas. Em alguns casos, terremotos que acontecem nos países vizinhos citados acima, podem ser sentidos no Brasil.
Importância e perigos das placas tectônicas
As placas tectônicas têm um papel fundamental na formação do relevo terrestre. Elas são responsáveis pela criação de montanhas, vales e oceanos e influenciam diretamente o clima e os ecossistemas do planeta. A movimentação das placas também resulta na formação de recursos naturais, como petróleo, gás natural e minerais.
Porém, o movimento das placas também pode causar desastres naturais. Quando as placas colidem, se afastam ou deslizam uma sobre a outra, podem ocorrer terremotos e erupções vulcânicas.
Esses fenômenos têm o potencial de causar grande destruição, afetando as vidas humanas, a infraestrutura e os ecossistemas. Áreas localizadas no Anel de Fogo do Pacífico, como o Japão, Chile e Indonésia, são particularmente vulneráveis a esses desastres.
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