6 jogos brasileiros do quarto dia de BGS
Fazendinha competitiva, porradaria sincera, exploração contemplativa, visual novel adolescente, o boneco mais fofo de todos e rpg clássico
Como a Brazil Game Show é sinônimo de Pavilhão Indie pro Controles Voadores, vou listar aqui seis jogos brasileiros por dia que estão presentes lá no chão da feira que você precisa conhecer. Pode ser versão alfa, beta, demo ou jogo completo, se é indie br, o Controles vai jogar.
O quarto dia de BGS teve rpg clássico infestado de side quest, jogo de exploração misterioso e contemplativo, o maior jogo de lutinha brasileiro do momento, uma visual novel brasileiríssima com direito a carrinho de lanche e SUPER MOMBO QUEST. Bora ler que tá acabando.
Super Mombo Quest (Orube Game Studio)
Esse clássico jogo de precisão e plataforma com um dos mascotes mais fofos do cenário brasileiro vai receber uma continuação com estilo de arte diferente, numa pegada mais vetorizada no lugar da pixel-art do primeiro. Dava pra testar essa sequência na BGS e o Mombo continua um xuxuzão, assim como a jogabilidade, que segue deliciosamente e crocantemente difícil pros masoquistas fãs de Celeste.
E dava pra tirar foto com um Mombo de pelúcia enorme que valia qualquer tempo de espera na fila.
Parallel (Rodrigo Banzato)
Talvez o jogo mais misterioso e diferentão do Corredor Indie desse ano. Parallel tem uma proposta bem lenta, de exploração vasta e contemplação desse mundo diferentoso e curioso. Você começa controlando um espírito meio amorfo e sem qualquer tipo de ação e precisa adquirir conhecimentos sobre o mundo pra evoluir ao ponto de ganhar um corpo físico. A partir daí rola ainda mais exploração e segredos em uma paisagem muito bem detalhada e belíssima.
E tudo feito pelo Rodrigo, solodev que trabalha em Parallel há dois anos e dez meses e que ficou a feira inteira como cosplay do palhação vermelho.
Farm Your Friends (Meganeura Games)
"Jogos pra estragar a amizade" são um dos meus gêneros preferidos de party game. E Farm Your Friends tem potencial pra ser um dos melhores. No melhor estilo Overcooked, você tem que arar sua fazendinha, plantar, aguar e colher com o maior cuidado e eficiência pra derrotar seus adversários/amigos. Mas você pode também ser um larápio sorrateiro que se aproveita do descuido inimigo pra roubar a colheita vizinha.
O jogo tem armadilhas, luvas de boxe, armas de choque e muitos outros itens que te permitem sacanear os amigos e garantir que o dinheiro vá pra sua caixinha e não pra deles. Diversão - e confilitos - garantidos.
Pocket Bravery (Statera Studio)
Provavelmente um dos maiores lançamentos brasileiros de 2022 junto com Fobia, No Place for Bravery e Horizon Chase 2. Pocket Bravery é um clássico instantâneo e novamente fez filas enormes na área indie (repetindo o BIG) pra galera tirar aquele x1 honesto e apostando a amizade.
No corredor da BGS também foi possível ver um pouco mais do novo boneco, Sho Kamui, da parceria com a Breakers Collection. Pixel-art e animações pra lá de impecáveis, das melhores que já vi, jogabilidade fluída e competitiva e todo o carisma e beleza que um jogo de luta precisa pra conquistar o público.
NVDA (Studio Kraken)
Reviva as dúvidas cruéis de qual curso escolher pro vestibular e como ajudar sua amiga a superar a paixonite pelo amigo em uma visual novel que junta o melhor das produções tradicionalmente japonesas com a cultura brasileira. Precisamos decidir entre as melhores, ou menos piores, escolhas que nos levarão ou ao quadrado curso de direito/engenharia ou a nossa paixão, o cinema.
Tudo isso revestido nos cenários de Natal, capital potiguar, com aquele uniforme clássico de colégio, o carrinho de lanche da esquina, e aquela cozinha padrão da casa de mãe.
Order from Caos 2 (White Vortex)
Aquele membro do clube do RPG Maker, com uma história clássica de vingança, ilusão e muito combate. Order from Caos 2 não é uma continuação direta de seu predecessor (eles querem fazer algo tipo Final Fantasy).
O jogo tem combate por turnos padrão, bonecos originais e um mundo semi-aberto com muitas side-quests pros fãs de RPG perderem horas falando com cada npc da vila iniciante. Ah, e você tem que matar um mago-overlord-demônio pra entender qualé que é o rolê. Coisa de RPG né.
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