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Potente, iPhone 11 Pro Max permite uso por mais de um dia

Aparelho cumpre a promessa da Apple de trazer mais velocidade, melhores câmeras e uso de bateria ampliado;

18 out 2019 - 05h11
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A Apple começa a vender no Brasil a nova geração de iPhones nesta sexta-feira, 18. Os aparelhos chegam ao mercado em três modelos (iPhone 11, 11 Pro e 11 Pro Max) e a promessa de mais velocidade, melhores câmeras e um uso de bateria ampliado, com até cinco horas de duração a mais que os iPhones anteriores. Durante nossos testes com o iPhone 11 Pro Max (preço sugerido inicial: R$ 7.599), chegamos à conclusão que, sim, o barulho feito pela Apple se confirma.

Design traz pequeno calombo com vidro para as câmeras

O projeto do iPhone 11 Pro Max segue o que a Apple faz desde 2017 com o iPhone X: uma tela grande, de 6,5 polegadas, que ocupa quase toda a frente do dispositivo (exceção feita ao entalhe com sensores no topo da tela), com uma estrutura lateral em aço inoxidável reforçado e uma parte traseira também em vidro fosco. Diz a Apple que o vidro passa por um tratamento que o deixa muito resistente.

A diferença dos anos anteriores está na parte de trás do modelo, com um pequeno "calombo" com vidro brilhante e que se destaca por ter três câmeras. À primeira vista, é um espaço maior ocupado pela câmera e que causa estranheza pelos três círculos grandes, mas que deve ser usado pela maioria dos consumidores com uma capa protetora - que deixa a traseira do iPhone nivelada. O tamanho do iPhone 11 Pro Max é muito parecido com o do iPhone 8 Plus, porém o aparelho com 226 gramas é um pouco mais pesado que a média dos smartphones topo de linha - o Samsung Galaxy Note 10+, por exemplo, pesa 196 gramas.

As cores do iPhone 11 Pro seguem o padrão: prateado, cinza espacial, dourado e a nova cor verde meia-noite (um verde escuro). O aparelho traz opções de armazenamento em três capacidades: 64GB, 256 GB e 512 GB.

Desempenho e bateria têm melhora perceptível

O iPhone 11 Pro Max vem com um processador A13 Bionic, produzido pela própria Apple - em testes de desempenho como o GeekBench 4, o Pro Max obteve 13919 pontos. Lançado em 2018, o iPhone XS obteve 11.403 pontos, por exemplo. O chip A13 também ajuda a melhorar, por recursos de aprendizado de máquina e inteligência, as fotos feitas com o aparelho.

O desempenho do iPhone 11 Pro Max é mais rápido, mas o processador A13 Bionic acaba tendo um papel muito mais importante em outra necessidade dos smartphones: aliado aos recursos do sistema operacional iOS 13, seu gerenciamento de bateria é excelente.

A Apple diz que o iPhone 11 Pro Max tem cinco horas de duração a mais que o iPhone XS Max - e na prática isso se comprova. No nosso teste do ano passado, o XS Max chegou a 41% de carga após 12 horas de uso. A versão 2019 dura bem mais: tiramos o iPhone da tomada às 7h da manhã e após 16 horas e meia de uso (23h30) com reuniões, uso do Spotify e de redes sociais e da câmera em diversos momentos, o aparelho ainda tinha 32% de carga.

Com uso moderado, deve dar para usar por dois dias longe da tomada sem problemas. A versão menor, o iPhone 11 Pro, com tela de 5,8 polegadas, tem duração estimada de quatro horas a mais que o iPhone XS de 2019, de acordo com a fabricante.

Uma das nossas principais críticas ao iPhone se resolveu na nova geração: os modelos 11 Pro e 11 Pro Max vêm com um carregador rápido de 18W na caixa - algo que Androids mais básicos (como o Moto G7) têm na caixa há vários anos. Com ele, é capaz de recarregar 50% da capacidade em cerca de meia hora (e passando um pouco de uma hora para a carga total). O modelo ainda é compatível com carregadores sem fio, mas não permite recarregar outros acessórios, como fones de ouvido sem fio, de forma reversa, como ocorre no Samsung Galaxy S10 e no Huawei P30 Pro.

Falando em fones, o conector 3,5 mm segue extinto pela Apple - o modelo vem com um fone com conector Lightning e existe a opção de comprar fones Bluetooth compatíveis, como os próprios AirPods da Apple e o PowerBeats Pro da Beats.

Tela e sistema operacional também impressionam

A tecnologia da tela dos iPhone 11 Pro/11 Pro Max segue sendo a OLED. Chamada pela Apple de Super Retina XDR, ela tem um contraste excelente (graças ao OLED, que gerencia tons escuros muito bem) e segue usando o recurso True Tone para ajustar os tons da tela ao ambiente que está sendo usado, deixando o uso do aparelho mais confortável. Outro destaque da tela é o recurso HDR, usado em apps de streaming como Netflix, Amazon Prime Video e o vindouro Apple TV+. A funcionalidade ajusta o alcance dinâmico (diferença entre as áreas mais claras e escuras de uma imagem) de forma aprimorada.

O entalhe no topo da tela é usado para o FaceID, sistema de identificação do usuário para desbloqueio de tela, aprovação de pagamentos em serviços como a loja de aplicativos App Store e o Apple Pay. O FaceID pareceu mais rápido que em gerações anteriores do iPhone - a Apple fala que é 30% mais rápido.

O sistema operacional iOS 13 traz melhorias incrementais, como o Modo Noturno (que deixa aplicativos compatíveis com fundo escuro para melhor visualização à noite), novos modos de edição de fotos e vídeos e a integração maior de atalhos criados pelo usuário com a assistente virtual Siri.

Câmera tem qualidade impecável

O iPhone 11 Pro Max (e o 11 Pro) é o primeiro modelo da Apple com três câmeras na parte traseira - no mundo Android, isso já é comum faz tempo, mas sabemos que a Apple não costuma ter pressa para inserir novos recursos nos iPhones. De qualquer modo, a implementação das três câmeras é impecável: uma principal grande angular, uma super grande angular (para ampliar ainda mais o campo de visualização) e um zoom óptico de 2x. A resolução de imagem segue em 12 megapixels.

Por que impecável? Consistência de qualidade de imagem. A maioria dos fabricantes de smartphones usa um sensor para cada câmera na traseira do aparelho. A Apple também, mas ela conseguiu manter os tons gerados tanto na super grande angular, na grande angular e no zoom similares. Não tem como tirar uma foto com uma lente e ela ficar diferente de outra tirada no mesmo lugar, com a mesma luz, no mesmo aparelho (é um problema comum ao Huawei P30 Pro, por exemplo).

Outra novidade muito bem-vinda no iPhone 11 é a adoção do modo noturno, que ajuda a tirar fotos excelentes em baixas condições de luz. Em aparelhos como o Galaxy Note 10+ ou P30 Pro, o modo noturno é ativado por uma opção dentro da câmera. No iPhone 11, é uma opção automática, que aparece como uma marcação na tela do aparelho. No modo noturno, a câmera tira diversas fotos em alguns segundos e as compõem em uma única, gerando resultados bastante interessantes. Ainda acreditamos que as fotos em modo noturno do P30 Pro e do Note 10+ são um pouco melhores, mas é uma evolução incrível que a Apple conseguiu em um ano.

Vale notar (e até elogiar) o modo Retrato da câmera do iPhone. Segue tirando fotos excepcionais com o fundo desfocado e, por conta do chip A13 Bionic, traz diversos efeitos de luz (incluindo um novo monocromático que deixa o fundo todo branco). Agora o modo Retrato também consegue desfocar imagens com animais e outros objetos em primeiro plano, o que é uma ótima novidade.

A câmera frontal, chamada de TrueDepth, traz um novo sensor de 12 megapixels e a capacidade de gravar vídeos nas selfies em câmera lenta - chamados de Slofies pela Apple - a 120 quadros por segundo.

E aí, o iPhone 11 vale a pena?

O iPhone 11 Pro Max é a versão grande da linha 2019 da Apple, e isso tem seu preço. A tela grande impressiona, assim como a duração enorme da bateria do aparelho. Sua versão menor, o iPhone 11 Pro, é indicada para quem não quer um smartphone tão grande e que caiba melhor na palma da mão - por dentro, os aparelhos são iguais (e muito rápidos). Se você vem do iPhone XS/XS Max, é um investimento que pode não ser o melhor para o momento. Se você vem do iPhone 8/8 Plus/X, a geração nova vale o upgrade, principalmente por causa da câmera e da bateria.

Estadão
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