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iPhone 11: bateria e câmera se destacam nas primeiras análises

Para a imprensa americana, porém, aparelhos não trazem inovações que justificam compra para quem tem iPhone recente; celulares começam a ser vendidos nos EUA na sexta-feira, 20

19 set 2019 - 07h11
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Uma bateria que dura bastante e um conjunto de câmeras traseiras potente: essas são as principais qualidades dos novos modelos de iPhone, segundo as primeiras análises da imprensa americana. Anunciada pela Apple na última semana, a nova geração do iPhone começará a ser vendida nesta sexta-feira, 20, nos Estados Unidos - antes de chegar às lojas, os aparelhos foram enviados para testes dos jornalistas.

Além da bateria e da câmera traseira, não sobraram elogios também para a evolução da câmera frontal nos três modelos. Por outro lado, diversas publicações questionaram o impacto de novas funcionalidades no uso cotidiano do aparelho e colocaram em dúvida o custo-benefício dos produtos, que serão vendidos a partir de US$ 700 nos EUA.

Bateria duradoura

A bateria é com certeza um grande diferencial da nova geração do iPhone. No evento de lançamento, a Apple anunciou o aperfeiçoamento do tempo de duração de bateria principalmente na versão Pro Max. Chris Velazco, em resenha para o Engadget, confirmou a evolução. O jornalista afirma ter usado intensamente o iPhone 11 Pro Max por 14 horas sem a necessidade de recarga. Na versão Pro, a durabilidade cai para 12 horas. O potencial de ambos os modelos superam a média de 10 horas do iPhone XS, lançado em 2018 pela Apple.

Em compensação, para garantir mais eficiência, a Apple precisou aumentar o tamanho da bateria, o que conferiu peso adicional de 50 gramas aos produtos. A diferença em relação à linha XS é imperceptível, porém, dizem as análises. Usuários de iPhones mais antigos, porém, podem estranhar a mudança.

Outro ponto positivo destacado pela crítica foram os carregadores de 18W, com promessa de carregamento mais rápido. Segundo Nilay Patel, do The Verge, o impacto positivo é nítido. O equipamento, porém, acompanha somente os iPhones 11 Pro e 11 Pro Max, enquanto o modelo 11 segue com adaptadores de 5W.

Qualidade de captação

Embora a disposição e o design das lentes tenha dividido opiniões, o desempenho e as novas funcionalidades da câmera dos novos aparelhos foram bem recebidas - são duas lentes no iPhone 11 e três nos modelos Pro. Para Matthew Panzarini, do TechCrunch, os dispositivos apresentam as melhores câmeras da história da marca.

A nova geração garante imagens com cores mais vivas e resoluções menos "achatadas" em comparação a modelos anteriores. Destaque principal para a captação de sombras mais naturais e detalhes de cabelo.

A câmera grande angular, principal novidade da linha Pro, aumenta a capacidade panorâmica das fotos e apresenta menos distorções de imagens se comparada ao conjunto de câmeras do iPhone X, avaliou Chris Velazco, do Engadget. No entanto, a lente ainda distorce alguns elementos da paisagem.

Em relação às selfies, Nilay Patel, do The Verge, ressaltou o aprimoramento da câmera frontal de 7 para 12 megapixels. O modo noturno também marcou pontos positivos. Na opinião de Patel, as imagens são "realmente impressionantes e preservam tons de cores mais detalhados que a Pixel", linha de aparelhos do concorrente Google.

Telas mais bonitas

Os iPhones Pro e ProMax foram equipados com a tecnologia de tela Super Retina XDR. A Apple afirma que o recurso deve aprimorar o brilho de imagens no display dos aparelhos, assim como a resolução ao assistir vídeos 4k em HDR (High Dynamic Range).

Vale lembrar que a nova geração tem tamanhos de tela diferentes: o iPhone 11 mede 6,1 polegadas, enquanto as versões Pro e ProMax têm 5,8 e 6,5 polegadas, respectivamente. Além disso, o display dos dois últimos modelos são construídos com tecnologia OLED. O iPhone 11, por outro lado, conserva a tela LCD presente nos modelos mais baratos dos últimos anos, como o iPhone XR, de 2018.

Para Velazco, do Engadget, as imagens dos iPhones Pro apresentam qualidade superior ao iPhone XS, mas as diferenças podem passar despercebidas. Apesar das qualidades, Velazco minimiza a disrupção. Nilay Patel discorda. Para ele há diferenças óbvias de brilho e beleza entres as imagens da linha Pro e a geração X, principalmente ao assistir vídeos 4K.

Performance

A novidade na performance é o processador A13 Bionic, presente nos três novos modelos. Embora a melhoria no desempenho seja unânime entre os jornalistas, eles discordam quanto a dimensão desse aperfeiçoamento.

O jornalista do The New York Times, Brian Chen, aponta uma performance até 50% superior ao iPhone X. No TechCrunch, Matthew Panzarino relata uma evolução mais modesta, de aproximadamente 20%. Já Chris Velazco diz existir um abismo entre os novos iPhones e qualquer outro modelo anterior ao X, de 2017. Porém, as diferenças de performance no dia a dia são pontuais.

"No uso cotidiano, iniciar aplicativos é um pouco mais rápida nos Pros que nos modelos XS. Não percebi nenhuma diferença significativa no desempenho com games, mas aplicativos que demandam recursos gráficos carregaram um pouco mais rápido e funcionaram sem travar", escreve Velazco.

Vale a pena?

Os preços do iPhone 11 nos Estados Unidos variam de U$ 699 pelo modelo, mais simples, com armazenamento de 64 GB, até US$ 1.449 pela versão Pro Max, com 512 GB de espaço. No Brasil, as cifras devem ser ainda maiores. Por isso, apesar dos elogios da crítica especializada, alguns jornalistas ainda questionam o investimento na nova geração.

Velazco ressalta que os iPhone Pro e Pro Max oferecem o melhor da Apple atualmente. Mas, segundo ele, em quase todos os aspectos, as diferenças entre a linha Pro e o iPhone 11 são tímidas no cotidiano e a maioria deve optar pela versão mais simples do smartphone. Para Nilay Patel, do The Verge, no entanto, o investimento extra na versão Pro compensa pela tela superior, a câmera telephoto e o aperfeiçoamento da bateria.

Por fim, Brian Chen, do The New York Times, defende o upgrade para usuários de iPhone 6s, iPhone 7 e modelos antecessores. Segundo o jornalista, os compradores podem se beneficiar com ganhos em performance e qualidade das câmeras. No entanto, para os donos do iPhone X ou modelos superiores, Chen é categórico: "O iPhone 11 não é suficientemente inovador para justificar um investimento de mais de US$ 700 em um novo smartphone".

Estadão
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