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"O digital veio para ajudar", diz Maurício de Sousa

Criador da Turma da Mônica falou sobre os desafios de levar a essência dos quadrinhos para o meio digital

31 mai 2019 - 19h47
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Apesar de não ser o primeiro nome quando se pensa em inovação no Brasil, Maurício de Sousa pode ser considerado um exemplo de empreendedorismo. O quadrinista por trás da Turma da Mônica construiu um império baseado nos personagens e não se cansa de expandir ainda mais. Em uma palestra realizada nesta sexta-feira (31), no VTex Day, em São Paulo, o artista de 83 anos mostrou tudo o que tem feito para garantir a sobrevivência da turma dos quadrinhos em um mundo cada vez mais digital.

Maurício de Sousa
Maurício de Sousa
Foto: @vtexonline

"Eu quero que, mesmo quando eu não estiver aqui, a Turma da Mônica esteja linda, dinâmica. O digital veio para ajudar, para chegar muitas vezes mais barato, para um público mais apressado", explicou. No ano de lançamento de "Turma da Mônica: Laços", primeiro filme live-action da turminha, ele contou que pretende expandir a ideia e garantiu que já pensa em um segundo filme. O foco agora, no entanto, é a internacionalização.

Turma da Mônica Toy

Ao lado de Marcos Saraiva, gerente de produtos da MSP, e do responsável pelo Planejamento Editorial, Sidney Gusman, Maurício explicou que um dos produtos com maior potencial de internacionalização é a Mônica Toy. A animação, com episódios de cerca de 30 segundos, é elaborada para o canal do YouTube e não tem falas. Por isso, é muito consumida também no exterior. Segundo o quadrinista, o objetivo dele foi manter a essência da Mônica "antiga" na tela. "Eu baixei um pouco o tom de agressão nas revistas, mas reservei para o Mônica Toy", brincou. De acordo com Saraiva, além do Brasil, Rússia e Estados Unidos são os maiores consumidores do produto.

Além disso, recentemente, os personagens criados por Maurício têm invadido o mercado japonês. Ele contou que tem trabalhado com o governo para distribuir cartilhas para orientar crianças imigrantes sobre os costumes e a língua do país. "Agora é a hora de a gente chegar na educação formal. Nós estamos pensando no lado social da educação."

Redes sociais e memes

Outro ponto alto da apresentação da MSP foi a dinâmica de histórias referentes aos memes. Com uma interação forte com os fãs de todas as idades nas redes sociais, a editora mantém um vínculo forte mesmo com aqueles que não têm mais o costume de ler as histórias. Uma das principais plataformas, segundo Gusman, é o uso de memes.

"A gente reproduziu a Mônica debochada, com o 'ata' no computador, com a própria Mônica e fez o maior sucesso", contou. No entanto, é preciso tomar cuidado com o conteúdo criado por fãs online. Muitas vezes, a adulteração de tirinhas na internet, com a adição de palavrões, gera reclamações por conta dos consumidores. "Os pais confiam na gente de olhos fechados, então realmente não tem como deixar passar certos tipos de conteúdo", disse Saraiva.

Ainda assim, de acordo com Maurício, mesmo no digital a Turma da Mônica mantém a mesma essência criativa. "No fim das contas, o estúdio é uma grande brincadeira, uma grande área de experimentação e de criatividade."

Fonte: Redação Terra
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