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Google vai priorizar sites mobile em indexação de páginas nas buscas

19 dez 2017 - 12h42
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Um ano de experimentos depois, a Google voltou a anunciar mudanças em seu motor de pesquisas de forma a privilegiar sites que possuem interfaces mobile, um tipo de acesso que já representa a maioria das pesquisas realizadas na plataforma. Agora, o motor de ranqueamento da companhia vai analisar, primeiro, a interface móvel das páginas online, indexando as informações presentes ali e dando a ela mais peso do que as encontradas somente na versão para desktop.

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Foto: Design Conceitual / Canaltech

O motivo para isso é claro: de acordo com números extraoficiais, levantados por consultorias de mercado e empresas ligadas ao mercado digital, mais de 60% de todas as buscas realizadas na internet acontecem por meio de celulares e tablets. Os números são ainda maiores quando se fala no acesso em si. Sendo assim, faz todo sentido privilegiar os sites que tenham interfaces preparadas para esse tipo de utilização sobre aqueles que ainda estão focados no desktop.

Para garantir que a transição não seja traumática, entretanto, a Google vem fazendo experimentos e divulgando guias de adequação para que webmasters não acabem ficando de fora desta nova onda. Desde meados de 2016, por exemplo, a empresa vem realizando experimentos e modificando aos poucos a maneira com a qual os resultados de buscas são exibidos, bem como as posições de exibição de cada um deles.

Ainda hoje, com mais e mais mudanças sendo implementadas, a empresa afirma que possui um time especializado monitorando todo o trabalho de indexação e ranqueamento de páginas. O movimento, entretanto, é sem volta e, desde já, sites que possuem boas interfaces mobile ou tenham um design responsivo - o melhor caminho, inclusive, para se atingir o melhor dos dois mundos - passam a ter mais destaque nos resultados em relação àqueles que não utilizam tais recursos.

Quem já é responsável por sites adaptados para uso mobile não precisa fazer nada. Com base em seus testes, a Google liberou um conjunto atualizado de melhores práticas para quem ainda precisa trabalhar em suas páginas para garantir um melhor acesso pelos usuários de celulares e tablets:

  • Mantenha o mesmo conteúdo na interface desktop e mobile, principalmente, textos, vídeos e imagens que tenham qualidade e atraiam acessos;
  • Use dados estruturais em URLs, tanto da versão desktop quanto mobile, bem como metadados, títulos e descrições, que devem ser equivalentes independentemente do meio de acesso;
  • Não é preciso alterar nada em sites que utilizem URLs diferentes para acesso mobile, como as versões m.nomedosite.com, desde que, claro, elas tenham elementos de ligação entre si;
  • Cuidado com o recurso hreflang, que permite a exibição de páginas de acordo com o idioma do usuário. Ele deve ser ligado a páginas específicas, um problema, principalmente, para quem usa versões com URLs alternativas para acesso móvel;
  • Utilize hospedagem e servidores de qualidade, que mantenham o site no ar e aguentem o fluxo de acessos, principalmente se estiver usando infraestruturas diferentes para as versões desktop e mobile.

Apesar de deixar bem claro que a mudança não tem volta, a Google evitou falar em prazos. A empresa disse apenas que seus experimentos continuam e que os sites com interfaces adaptadas terão cada vez mais destaque, algo que vai interferir na ordem das buscas e também na forma como conteúdo é indicado aos usuários. Por isso, se você ainda não está de acordo com as novas diretrizes, é melhor se apressar para fazer isso.

Canaltech Canaltech
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