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Presídio superlotado onde Zambelli está presa abriga mafiosos, terroristas e detentos de alta periculosidade

31 jul 2025 - 15h55
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Detida pelas autoridades italianas, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está custodiada na ala feminina da Penitenciária de Rebibbia, em Roma. A unidade é apontada como a maior da Itália e enfrenta superlotação. Segundo dados oficiais, abriga atualmente 369 mulheres, embora a capacidade seja de 275.

A deputada federal Carla Zambelli
A deputada federal Carla Zambelli
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil / Perfil Brasil

Instalado desde 1946, o complexo penitenciário conta com quatro alas — três masculinas e uma feminina, esta chamada oficialmente de Casa Penitenciária Germana Stefanini. No local já estiveram criminosos considerados de altíssima periculosidade, como mafiosos e terroristas. Em 2024, recebeu também a visita do papa Francisco para uma missa com internos. Na ocasião, ele pediu aos detentos que "escancarem as portas do coração".

Qual o histórico da prisão que abriga Carla Zambelli?

Um dos nomes mais notórios que passou por Rebibbia foi Giovanni Brusca, ex-integrante da Cosa Nostra. Ele ficou detido por mais de 20 anos após confessar mais de 100 assassinatos, entre eles o do juiz antimáfia Giovanni Falcone, em 1992. Brusca era chamado de "porco" e "o matador de pessoas".

Outro detento famoso foi Pasquale Scotti, apontado como liderança da Nuova Camorra Organizzata. Acusado de mais de vinte homicídios, Scotti foi preso no Brasil em 2015, na zona oeste do Recife, usando identidade falsa com o nome de Francisco Visconti. Posteriormente, foi extraditado para a Itália.

Zambelli foi condenada no Brasil a dez anos de prisão pelo financiamento de uma tentativa de invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes do julgamento dos recursos, deixou o país e viajou para a Itália, onde tem cidadania. A decisão de deixar o Brasil foi comunicada por ela em 3 de junho.

Diante da fuga, o Supremo Tribunal Federal emitiu mandado de prisão. O nome da parlamentar foi incluído na lista de procurados da Interpol e suas redes sociais foram suspensas. A prisão em Roma foi viabilizada após o deputado italiano Angelo Bonelli informar às autoridades locais o paradeiro da brasileira.

Segundo o delegado Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, a ação foi fruto de cooperação entre os dois países. Agora, a parlamentar aguarda audiência de custódia, marcada para sexta-feira, 1º. Na sessão, a Justiça italiana poderá decidir entre manter a detenção ou dar seguimento ao processo de extradição.

Antes de ser presa, Zambelli afirmou em documentos que não sobreviveria ao sistema penitenciário brasileiro e pediu que o julgamento ocorresse em solo italiano. Segundo a própria deputada, a condenação teria como base as declarações do hacker Walter Delgatti, a quem chamou de "mentiroso".

Perfil Brasil
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