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Vice de May diz ao Parlamento que nova rejeição de acordo adiará longamente o Brexit

15 mar 2019 - 09h14
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O vice da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, alertou os parlamentares, nesta sexta-feira, que, a menos que aprovem o acordo fechado pelo governo com a UE para a desfiliação britânica da União Europeia, o Brexit pode sofrer um longo atraso.

Manfiestantes pró-Brexit protestam em frente ao Parlamento, em Londres
14/03/2019
REUTERS/Dylan Martinez
Manfiestantes pró-Brexit protestam em frente ao Parlamento, em Londres 14/03/2019 REUTERS/Dylan Martinez
Foto: Reuters

A separação da UE abalou o governo de May, que sofreu duas derrotas no Parlamento, e o desfecho do Brexit ainda é incerto. As opções incluem um longo atraso, sair com o acordo da premiê, uma saída caótica sem um acordo ou até mesmo outro referendo sobre a filiação ao bloco.

Na quinta-feira, a maioria do Parlamento britânico votou a favor de um adiamento da data de saída, que está prevista atualmente para 29 de março, de acordo com a lei.

May diz querer limitar qualquer atraso a três meses, mas para consegui-lo precisará de apoio parlamentar ao seu acordo na terceira vez que o texto for a votação, no início da próxima semana.

Essencialmente, May deu um ultimato aos apoiadores do Brexit: ratifiquem o acordo até 20 de março ou enfrentem um longo adiamento do Brexit para muito além de 30 de junho, que criaria a possibilidade de a separação acabar não acontecendo.

Seu vice, o ministro-chefe de gabinete David Lidington, disse que espera que o Reino Unido saia de maneira ordeira, mas que, se o pacto de May não for aprovado, é possível haver uma longa prorrogação.

"Você não consegue só uma prorrogação técnica curta de nossa filiação à União Europeia, você quase certamente precisa de uma significativamente mais longa para encontrar uma ocasião para o Parlamento chegar a um veredicto majoritário", disse ele à rádio BBC.

"Espero que parlamentares de todos os partidos reflitam durante este final de semana sobre como ir adiante", disse Lidington, acrescentando que a determinação legal é que seu país saia no dia 29 de março, a menos que se acerte outra coisa.

Líderes da UE estudarão pressionar o Reino Unido a adiar o Brexit por ao menos um ano para encontrar uma saída para o tumulto doméstico, mas existe consternação e impaciência crescente com o caos político em Londres.

"Existe um espanto profissional com o fato de a pátria-mãe do bom senso estar nesta situação", disse um diplomata europeu.

O Acordo de Retirada do rompimento britânico com a UE é o único acordo disponível, disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, na quarta-feira depois de se reunir com o presidente do bloco, Donald Tusk, referindo-se ao pacto que May combinou com Bruxelas depois de uma negociação de dois anos e meio.

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