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Venezuela diz que partido de oposição está ligado tentativa fracassado da revolta militar

22 jan 2019 - 20h35
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O governo da Venezuela disse nesta terça-feira que o grupo de oficiais militares que roubou armamentos numa fracassada tentativa de revolta, na segunda-feira, entregou armas ao partido de oposição Vontade Popular.

Ministro da Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, durante entrevista coletiva em Caracas
22/01/2019 Divulgação/Palácio de Miraflores
Ministro da Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, durante entrevista coletiva em Caracas 22/01/2019 Divulgação/Palácio de Miraflores
Foto: Reuters

Mais de vinte oficiais atacaram um destacamento da Guarda Nacional no bairro de Cotiza, em Caracas, a um quilômetro do palácio presidencial de Miraflores, resultando na formação de manifestações de oposição em áreas próximas do local.

"Alguns dos que roubaram as armas ontem confessaram que elas foram entregues a civis integrantes da célula terrorista do Vontade Popular", disse o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, em pronunciamentos televisionados.

Membros do governo com frequência descrevem o partido como uma organização terrorista, no que o Vontade Popular acusa ser uma tática de intimidação.

O Vontade Popular classificou as alegações como "as mesmas mentiras e manipulações" e disse que a luta do partido para restabelecer a ordem constitucional é pacífica. Em comunicado no Twitter, o Vontade Popular acusou Rodríguez de tentar mascarar o descontentamento dentro das Forças Armadas ao acusar o partido de roubar as armas.

Rodríguez disse que os oficiais se envolveram no roubo de 51 rifles, mas que as autoridades haviam recuperado apenas 40. Os oficiais foram presos depois do incidente.

Ativistas do Vontade Popular planejam usar as armas para gerar violência durante passeatas planejadas para quarta-feira por todo o país tanto pelo governo como pela oposição, disse Rodríguez.

O Congresso pediu aos cidadãos que tomassem as ruas em protesto contra Maduro na quarta-feira, aniversário de 61 anos da queda da ditadura militar no país.

As passeatas ocorrem todos os anos, mas a oposição está agora especialmente estimulada depois da posse de Maduro, em 10 de janeiro, para um segundo mandato questionado ao redor do mundo e descrito como ilegítimo.

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