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Suíça e Irlanda cogitam receber detidos em Guantánamo

21 jan 2009 - 17h15
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Os governos de Suíça e Irlanda afirmaram nesta quarta-feira que vão estudar a possibilidade de receber detidos na prisão norte-americana da Baía de Guantánamo, em Cuba.

Um comunicado do governo suíço disse que o país está disposto a estudar a possibilidade de receber os presos se a medida for ajudar a fechar o campo de detenção para suspeitos de terrorismo.

"Para a Suíça, a detenção de pessoas em Guantánamo está em conflito com o direito internacional. A Suíça está disposta a considerar como pode contribuir para a solução do problema de Guantánamo", afirmou o comunicado.

A Suíça disse ter recebido com satisfação a intenção manifestada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de fechar a prisão e que estudaria as implicações legais e de segurança para a possibilidade de receber os prisioneiros.

O governo irlandês, por meio do ministro da Justiça, Dermot Ahern, disse que a Irlanda poderia aceitar transferências se houver um programa acordado entre a União Européia e Washington.

Horas após assumir o poder na terça-feira, Obama ordenou que promotores militares nos tribunais de crimes de guerra de Guantánamo pedissem a suspensão por 120 dias de todos os casos pendentes. A decisão foi acatada por um juiz militar dos EUA.

O campo de detenção é considerado uma mancha na história dos direitos humanos dos EUA sob o governo de George W. Bush.

Os governos europeus, que por anos pediram pela desativação da prisão, estão sendo pressionados a ajudar a encontrar um destino para os cerca de 245 prisioneiros que ainda permanecem ali. O campo já manteve mais de 750 presos desde que foi aberto em 2002, a maioria deles sem julgamento.

Portugal foi o primeiro país da UE a dizer que aceitaria os detidos. A França também afirmou que está pronta a fazer o mesmo, mas outros países do bloco não demonstram muito entusiasmo. Os ministros das Relações Exteriores da UE debaterão o assunto em um encontro marcado para o dia 26 de janeiro.

Sob o governo Bush, Washington tentou em vão persuadir seus aliados, em especial na União Européia, a aceitar os prisioneiros que não podem voltar aos seus países de origem e os quais os EUA também não querem aceitar.

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