'Sou sua filha e isso faz de mim uma pessoa forte', disse Juliana Marins em mensagem à mãe
Corpo da jovem deve chegar ao Brasil nesta terça-feira, 1º
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Juliana Marins, que faleceu após uma queda no Monte Rinjani, na Indonésia, enviou mensagem emocionante para a mãe antes do acidente, enquanto familiares acusam as autoridades locais de negligência no resgate.
A mãe de Juliana Marins divulgou uma mensagem da filha enviada a ela assim que a jovem embarcou em sua jornada pela Ásia. Emocionada, ela afirmou que a viagem era a realização de um sonho da vida da família.
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"Mami, eu te amo tanto. Fiquei com o coração partido quando a gente se despediu porque fiquei sem saber se você tava brava comigo. Na verdade, essa é a única coisa que me preocupa - deixar você, papi ou minha irmã desapontados. De resto, eu não tenho medo de muita coisa não. Muito menos de perrengue", escreveu a jovem na mensagem, exibida pela mãe à TV Globo.
Juliana caiu de um penhasco durante uma escalada no Monte Rinjani, na Indonésia, no dia 21 de junho. Horas após a queda inicial, ela foi vista ainda com sinais de movimento por meio de drones.
Na mensagem, Juliana também disse que sua mãe foi uma inspiração para que ela não tivesse medo e corresse atrás dos seus sonhos.
"Eu sou sua filha e isso já faz de mim uma pessoa forte e desenrolada. Eu fui criada por uma mulher que consegue resolver qualquer problema e que não tem medo de se jogar e ir atrás do que sonha", continuou.
"Eu sou assim também. Só tenho vontades e sonhos diferentes. Eu amo muito vocês e serei sempre grata por todo apoio, cuidado e carinho. Isso que faz eu não ter medo. Obrigada por tudo, te amo", finalizou a jovem na mensagem.
Juliana Marins só foi retirada da montanha no dia 26 de junho. O corpo dela foi levado até Bali para realização de uma autópsia e deve chegar ao Brasil apenas nesta terça-feira, 1º, segundo sua irmã informou nas redes sociais.
Nas redes sociais, familiares da brasileira acusaram as autoridades indonésias de negligência. Em nota publicada no perfil @resgatejulianamarins, afirmam que ela poderia ter sido salva se o resgate tivesse ocorrido em até sete horas após a queda. "Juliana sofreu negligência grave por parte da equipe de resgate", escreveram.
O chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani, Yarman Wasur, negou as acusações. Segundo ele, até 50 agentes participaram da operação.
