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Mundo

Quase 700 milhões de pessoas passaram fome em 2019

Avanço da Covid pode jogar 132 milhões para desnutrição crônica

13 jul 2020 - 13h26
(atualizado às 13h32)
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Um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nesta segunda-feira (13), mostrou que mais de 690 milhões de pessoas vivenciaram a falta de comida e a desnutrição de maneira crônica em 2019. O número é 10 milhões a mais do que 2018 e cerca de 60 milhões a mais em um período de cinco anos. O cenário é ainda mais preocupante para este ano, já que o avanço do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no mundo pode fazer com que 132 milhões de pessoas passem fome em 2020.

Quase 700 milhões de pessoas passaram fome em 2019
Quase 700 milhões de pessoas passaram fome em 2019
Foto: DW / Deutsche Welle

Apesar de fazer uma ressalva de que pode ser cedo ainda para dimensionar o tamanho do impacto da Covid-19, o relatório afirma que no mínimo 80 milhões entrarão para a triste estatística até dezembro. "A fome atinge um número crescente de pessoas. Nos últimos cinco anos, dezenas de milhões de indivíduos em todo o mundo passaram para a fila dos subalimentados crônicos e diversos países estão nas garras de múltiplas formas de má nutrição", diz o documento.

A pesquisa contou com a participação de outras entidades internacionais, como o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Ifad), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), e colocou em cheque o objetivo de atingir a Fome Zero no mundo até 2030.

O percentual de pessoas com fome no mundo permanece na faixa dos 8,9% desde 2014, o que mostra que não há grandes mudanças em uma análise global, mas que o número de pessoas subalimentadas sobe no mesmo nível do crescimento da população mundial.

A Ásia continua como a região com o mais elevado número de subalimentados, com 381 milhões de pessoas, seguida pela África (250 milhões) e pela América Latina e Caribe (48 milhões).

Ansa - Brasil   
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