Putin diz que não quer guerra, mas se a Europa quiser e começar, a Rússia está pronta
Vladimir Putin assegurou que não deseja uma guerra com a Europa, mas está "pronto" caso os europeus "assim o queiram e iniciem"
Putin afirmou que não busca guerra com a Europa, mas que a Rússia está pronta caso haja iniciativa europeia, acusando os europeus de apoiar a guerra e se afastarem das negociações de paz lideradas pelos EUA.
"Não temos a intenção de entrar em guerra contra a Europa, mas, se a Europa quiser e começar, estamos prontos desde já", declarou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a jornalistas, acusando os europeus de querer "impedir" os esforços dos EUA para pôr fim à guerra na Ucrânia.
"Os europeus estão irritados por terem sido afastados das negociações, mas (…) foram eles próprios que se afastaram, foi iniciativa deles", prosseguiu o presidente russo. "Eles não têm um programa de paz, estão do lado da guerra", acrescentou, à margem de um fórum econômico.
Ele apelou aos líderes europeus para que renunciem à "ilusão" de poder infligir uma "derrota estratégica à Rússia" e voltem à realidade, com base na situação no terreno.
Vladimir Putin deve se reunir nesta terça-feira, 2, no fim da tarde, no Kremlin, com o emissário americano Steve Witkoff e o genro de Donald Trump, Jared Kushner, para discutir o plano de Washington destinado a pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Esse plano, apresentado por Washington há duas semanas, está sendo negociado paralelamente com os ucranianos.
Putin afirmou também nesta terça-feira que a Rússia "ampliará sua gama de ataques contra os navios que entrarem nos portos ucranianos", após os ataques de Kiev a dois petroleiros ligados a Moscou nas águas territoriais turcas no Mar Negro.
"Consideraremos medidas de retaliação contra os navios dos países que ajudam a Ucrânia", declarou Putin, acrescentando que "a medida mais radical consistiria em cortar a Ucrânia do mar".
Com AFP