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Presidente do Chile se encontrará com papa em meio a escândalo de abusos na Igreja

2 out 2018 - 15h33
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O presidente chileno, Sebastián Piñera, vai se encontrar com o papa Francisco em Roma durante viagem a países europeus neste mês, no momento em que a Igreja Católica enfrenta uma crise provocada por alegações de abusos sexuais e acobertamentos no Chile e em vários outros países.

Presidente chileno, Sebastián Piñera 10/07/2018 REUTERS/Carlos Lemos
Presidente chileno, Sebastián Piñera 10/07/2018 REUTERS/Carlos Lemos
Foto: Reuters

O porta-voz de Piñera disse que o presidente do Chile se reunirá com o pontífice no Vaticano em meio a um giro por França, Espanha, Alemanha e Bélgica que começa na sexta-feira. Um porta-voz do Vaticano confirmou que o encontro ocorrerá na manhã de sábado.

O porta-voz do líder chileno não quis informar quem pediu o encontro ou o que será debatido, mas disse que o presidente visitará a Itália somente para ver o papa.

Piñera, católico que comanda um partido de direita tradicionalmente próximo da Igreja, praticamente não falou sobre a crise de abusos sexuais no Chile. Seu tio é Bernardino Piñera, de 102 anos, clérigo aposentado e bispo católico mais idoso do mundo.

Até agora Francisco já aceitou as renúncias de sete dos 34 bispos chilenos, e a Justiça do Chile já investigou 119 alegações de abusos sexuais e acobertamentos envolvendo 167 membros da Igreja, inclusive o cardeal Ricardo Ezzati, arcebispo de Santiago.

No mês passado Piñera disse em uma cerimônia da Igreja que comemorou o dia da independência que espera que a Igreja Católica local enfrente os "tempos sombrios" e aprenda com eles. "A Igreja sabe mais que todos que foi errado", disse.

Ezzati deve ser interrogado na quarta-feira por um procurador civil a respeito das alegações de que acobertou abusos infantis, e vem afirmando sua inocência.

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