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Palestinos pedem investigação completa sobre Israel em Haia

22 mai 2018 - 11h50
(atualizado às 12h48)
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O ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, pediu a procuradores do Tribunal Penal Internacional (TPI), nesta terça-feira, que iniciem uma investigação completa sobre acusações de abusos de direitos humanos cometidos por Israel em território palestino, dizendo que as provas são "incontestáveis".

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Foto: Reuters

Maliki entregou uma chamada "indicação" que dá à procuradora da corte em Haia o fundamento legal para ir além de um inquérito preliminar que seu escritório iniciou em janeiro de 2015.

O TPI tem autoridade para julgar casos de crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade cometidos no território dos 123 países que se filiaram a ele. Israel não o fez, mas os palestinos sim, por isso israelenses podem ser julgados por crimes cometidos em terras palestinas.

Os procuradores do tribunal lançaram uma investigação inicial sobre alegações feitas contra Israel quando os palestinos se filiaram ao TPI em 2015. A indicação desta terça-feira permite que essa investigação prossiga para o próximo estágio de uma investigação completa sem a necessidade de esperar a aprovação de um juiz.

Maliki disse que o pedido dará aos procuradores a autoridade para investigarem supostos crimes iniciados em 2014 e posteriores, incluindo as mortes ocorridas na semana passada durante protestos em Gaza.

"Através da indicação judicial queremos... que a Procuradoria inicie sem demora uma investigação de todos os crimes", disse ele aos jornalistas depois de se reunir com a procuradora-chefe, Fatou Bensouda. "Adiar ainda mais a justiça para as vítimas palestinas equivale a uma negação da justiça".

O TPI, que começou a operar em julho de 2002, é um último recurso jurídico, só entrando em ação quando um Estado se mostra indisposto ou incapaz de investigar crimes em seu próprio território.

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