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Oriente Médio

Síria registra apagão de internet

Várias empresas de monitoramento afirmam que o serviço foi cortado no país nesta terça-feira

7 mai 2013 - 22h46
(atualizado às 22h50)
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A Síria está sem acesso à internet desde a tarde desta terça-feira, pelo horário do Brasil, de acordo com várias empresas de monitoramento. O apagão levou à especulações de que poderia ser uma tentativa do governo do presidente Bashar al-Assad de interromper as atividades de adversários on-line. 

As páginas do Relatório de Transparência do Google mostraram que o tráfego para páginas de serviços do Google naquele país, envolvido em uma guerra civil há mais de dois anos, parou de repente pouco antes das 16h (horário de Brasília). Relatórios de tráfego do Google continuaram mostrando nenhuma atividade cerca de quatro horas após o corte.

Pelo Twitter, o venezuelano Wiam Abou Harb disse que seu irmão, o jornalista Wisam Abou Harb, que mora em Damasco, informou sobre o apagão por mensagem de texto. “Meu irmão enviou SMS da Síria e me pediu para informar que há seis horas não há internet em todo o país e nem ligações para o exterior”, escreveu.

Vimos isso duas vezes antes", disse a gerente-sênior do Google para questões de livre expressão, Christine Chen. "Isso aconteceu na Síria em novembro e no Egito durante a Primavera Árabe".

Os dados do Google mostraram interrupções de tráfego limitado à Síria, abrangendo todo o país. Privar uma nação inteira da Internet é possível porque os endereços IP, conexões individuais estabelecidas por cada dispositivo, são geograficamente específicos e o governo tem o controle sobre os prestadores de serviços de Internet no país.

"Efetivamente, o desligamento desconecta a Síria da comunicação via Internet com o resto do mundo. Ainda não está claro se a comunicação de Internet dentro da Síria ainda está disponível", escreveu o diretor de tecnologia da empresa de serviços de infraestrutura OpenDNS, Dan Hubbard. "Embora ainda não possa comentar sobre o que causou esta falha, os incidentes do passado estavam ligados tanto a interrupções ordenadas pelo governo como danos à infraestrutura, incluindo corte de fibra e queda de energia", compeltou.

Nem o embaixador da Síria para os Estados Unidos, nem o enviado do país à Organização das Nações Unidas (ONU) puderam ser contatados para comentar o assunto. O Centro para Democracia e Tecnologia condenou em dezembro o desligamento anterior da rede na Síria, classificando de "violação indefensável dos direitos humanos" e de uma "interrupção perigosa e desesperada do livre fluxo de informações."

Histórico

Empresas de monitoramento registraram um apagão semelhante em novembro passado. Na época, o governo sírio culpou "terroristas" pelo desligamento. Os ativistas de oposição que tentam derrubar o regime de Bashar al-Assad costumam usar serviços com o Skype para se comunicar com o exterior e o YouTube, onde postam vídeos de supostas atrocidades cometidas pelo governo.

Com informações do The Guardian e da agência Reuters.

Fonte: Terra
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