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Oriente Médio

Iraque confirma perda de instalação química para terroristas

O embaixador do Iraque na ONU, Mohamed Ali Alhakim, disse que seu país não está em condições de seguir com a destruição de seu arsenal químico

9 jul 2014 - 00h23
(atualizado às 00h37)
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<p>&quot;Grupos armados terroristas ingressaram no s&iacute;tio de Al Muthanna&quot;, no noroeste de Bagd&aacute;, informou o governo iraquiano</p>
"Grupos armados terroristas ingressaram no sítio de Al Muthanna", no noroeste de Bagdá, informou o governo iraquiano
Foto: Stringer / Reuters

"Grupos armados terroristas" tomaram um depósito de armas químicas no Iraque da época do ditador Sadam Hussein, confirmou o governo em Bagdá em carta enviada ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, divulgada nesta terça-feira.

Na carta datada de 1º de julho, o embaixador do Iraque na ONU, Mohamed Ali Alhakim, revela que por razões de segurança seu país não está em condições de prosseguir com a destruição de seu arsenal químico.

Segundo a carta, "grupos armados terroristas ingressaram no sítio de Al Muthanna", no noroeste de Bagdá, na noite do dia 11 de junho, após desarmar os soldados que guardavam a instalação. O sítio é "uma antiga instalação de armas químicas" onde os "restos do programa de armas químicas" iraquiano foram guardados em depósitos reforçados, explica a carta, sem dar detalhes sobre as substâncias que estavam no local.

O complexo começou a produzir gás mostarda e gás sarin - entre outros agentes - no início dos anos 80 e atingiu seu auge durante a guerra entre Irã e Iraque, no final da década. O sistema de vigilância do local detectou na manhã do dia 12 de junho intrusos que roubaram "certos equipamentos" e neutralizaram as câmeras de segurança", revela o documento.

O embaixador iraquiano informa que Bagdá "já não está em condições de respeitar suas obrigações de destruição de armas químicas" diante da deterioração "das condições de segurança". O departamento americano de Estado já havia anunciado, em junho, a invasão do local por 'jihadistas' sunitas do Estado Islâmico.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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