O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, reconheceu nesta quarta-feira que embora a França não procura derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, deseja sua saída do poder no marco de uma decisão política, e disse que seu país não decidirá sobre uma intervenção até que uma coalizão seja formada.
"A última decisão não poderá ser tomada pelo presidente François Hollande até que uma coalizão seja formada", indicou na abertura de uma sessão extraordinária do Parlamento sobre a Síria, que não será seguida de voto.
Ayrault deixou claro que para a França "jamais entrou em pauta o envio de tropas no terreno e nem de empreender operações para derrubar o regime" sírio, apesar de estar "claro" que o país deseja a "saída de Assad", acusado pela oposição e pelos EUA de empregar armas químicas contra a população civil.
"A solução será política e não militar, mas se não forem freadas tais atuações, não haverá uma solução política, porque qual interesse teria para Assad negociar enquanto acredita que pode liquidar sua oposição com métodos que semeiam o terror e a morte", acrescentou.
O chefe do governo francês se comprometeu a informar aos parlamentares "nos próximos dias" sobre a evolução da situação, mas não fez nenhuma referência a esse hipotético voto, considerando que ainda não chegou o momento em que será necessário abordá-lo.
A cúpula do G20 realizada a partir de amanhã em São Petersburgo (Rússia), e na qual Hollande deve se reunir entre outros com o presidente americano, Barack Obama, será a ocasião, segundo Ayrault, de obter a maior quantidade de apoios internacionais.
"Perante a barbárie, a passividade não pode ser uma opção, não pelo menos para a França", disse Ayrault, que qualificou o ataque de 21 de agosto aos arredores de Damasco como "o aterrorizante uso de armas químicas neste inicío de século".
Hollande, em suas palavras, optou por uma ação "legítima, coletiva e refletida". "Qual credibilidade teriam nossos compromissos internacionais contra a proliferação de armas de destruição em massa?", perguntou Ayrault, para quem "a gravidade da ameaça" obriga a França a atuar e a se manter unida e "fiel" a seus valores.
Refugiados sírios passam pela fronteira e entram em território turco para fugir da guerra
Foto: AP
Refugiados sírios chegam a posto de controle fronteiriço de Cilvegozu, na Turquia, fugindo da guerra civil do país. Autoridade da ONU diz que sete milhões de pessoas deixaram suas casas desde o início do conflito em março de 2011, incluindo dois milhões que saíram do país
Foto: AP
Refugiada síria de etnia curda dá banho em filho em campo de refugiados da Acnur em Quru Gusik, no norte do Iraque, 27 de agosto
Foto: AFP
Refugiado curdo posa para foto ao entardecer no campo de Quru Gusik, em imagem do dina 27 de agosto
Foto: AFP
Refugiada síria carrega seu filho em abrigo para imigrantes ilegais nas proximidades de Lyubimets, na Bulgária, em 28 de agosto
Foto: AFP
Refugiados sírios chegam à passagem de Cilvegozu, em Hatay, na Turquia, no dia 31 de agosto
Foto: AFP
Refugiados sírios se preparam para cruzar fronteira com a Turquia em 31 de agosto
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O refugiados sírio Mohammed Abdullah, 75 anos, posa para fotos no campo de Mafraq, na Jordânia, em 28 de agosto
Foto: AP
Mohammed Abdullah entra em sua tenda, que divide com sua família, em campo de refugiados na Jordânia
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A menina Afrah Abdullah, 11 anos, posa com brinquedos que recebeu em campo de refugiados na localidade de Mafraq, na Jordânia, em 28 de agosto
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Shehada Nabelsi, 45 anos, toca instrumento típico da Síria no campo de refugiados na Jordânia. Ele faz parte do primeiro conjunto musical surgido no acampamento
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Mulheres sírias se cumprimentam ao chegarem à passagem de Cilvegozu, na Turquia, em 30 de agosto
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Diante das evidências que aponta para o uso de armas químicas pelo regime sírio na guerra civil do país, a comunidade internacional costura a possibilidade de uma intervenção militar para "punir" o governo de Bashar al-Assad. Apesar de teoricamente uma intervenção precisar de apoio do Conselho de Segurança da ONU, algumas fontes aponta que o início de um ataque militar é iminente. Esta eventual ação seria liderada pelos Estados Unidos e reuniria vários países ocidentais, como a França e a Grã-Bretanha, com o apoio de países da região, como a Turquia. Conheça parte do arsenal bélico e das instações desta coalizão para um eventual ataque. Na imagem, o destróier americano USS Gravely, na costa da Grécia, em junho de 2013
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Avião americano F-16 decolando de base aérea em Azraq, na Jordânia
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Tanques israelenses nas Colinas de Golã, próximo à fronteira com a Síria
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Aviões americanos F-15 Eagles
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Avião americano F-16CJ na base aérea de Incirlik, na Turquia
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Soldados americanos descarregam mísseis AIM-9 Sidewinder na base aérea de Incirlik
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Bombas MK-82 na base aérea americana de Incirlik, na Turquia
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Sistema de defesa Patriot em Kahramanmaras, na Turquia
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Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio-tanque USNS Leroy Grumman, no Mar Mediterrâneo
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Helicóptero Apache da Real Força Aérea britânica
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Avião AV-8B Harrier decola do porta-aviões USS Kearsarge, no Mar Mediterrâneo
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Aviões bombardeiros Tornado da Real Força Aérea britânica
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Base aérea britânica em Limassol, no Chipre
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Destróier americano USS Mahan
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Porta-aviões americano USS Harry S. Truman e o navio de guerra USS Gettysburg
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Destróier USS Ramage
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Destróier americano USS Barry, no Mar Mediterrâneo
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Porta-aviões nuclear francês Charles de Gaulle
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Míssil Tomahawk disparado do destróier USS Barry
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Bateria de defesa israelense Domo de Ferro, em Haifa
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