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Oriente Médio

Estados Unidos enviarão mais 200 militares para combater o EI na Síria

10 dez 2016 - 08h11
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, anunciou neste sábado que seu país enviará cerca de 200 militares adicionais à Síria para apoiar as milícias curdo-árabes que enfrentam o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em Al Raqqa, cidade considerada a capital do "califado" jihadista.

"Os Estado Unidos enviarão aproximadamente 200 efetivos americanos adicionais à Síria, incluídos membros das forças de operações especiais, pessoal de treinamento, conselheiros" e especialistas em explosivos, disse Carter no Bahrein, em uma conferência organizada pelo "International Institute for Strategic Studies" do Reino Unido.

O chefe do Pentágono detalhou que esses militares se juntarão aos 300 soldados das forças especiais que já estão na Síria para "continuar organizando, treinando e equipando" os combatentes locais na luta contra o EI.

De acordo com Carter, o objetivo da luta americana contra esse grupo é, em primeiro lugar, "destruir o 'câncer' do EI no Iraque e na Síria", algo que qualificou de "necessário, mas que não é suficiente".

O secretário de Defesa acrescentou que, em segundo lugar, é preciso combater "todas as 'metástases' do EI no mundo", em particular no Afeganistão e na Líbia, para concluir que, em terceiro lugar, é indispensável o trabalho das forças de Inteligência em parceria com os países-aliados da coalizão antijihadista para proteger os diferentes Estados e seus cidadãos de possíveis ataques.

Em 6 de novembro, a aliança armada curdo-árabe Forças da Síria Democrática (FSD) iniciou a primeira fase de uma ofensiva terrestre contra o EI, com o apoio aéreo da aliança internacional liderada pelos EUA, para libertar a cidade síria de Al Raqqa, considerada a capital do "califado" do EI.

Segundo Carter, os EUA pretendem "assegurar" na fase atual "o sucesso do isolamento de Raqqa" e gerar as forças locais necessárias para "controlar e manter Al Raqqa" assim que a cidade tenha sido tomada.

Em sua apresentação diante dos participantes da conferência em Manama, a capital do Bahrein, Carter lembrou que seu país conta com um total de 58 mil pessoas na região, das quais mais de 5 mil se encontram no Iraque e na Síria.

O secretário de Defesa viajou para Manama após uma passagem no Afeganistão, onde insistiu que as tropas americanas alocadas no país asiático continuarão sua missão antiterrorista para que nenhum grupo possa voltar a encontrar cobertura em solo afegão.

"Prosseguiremos com nossa missão antiterrorista para que nenhum grupo terrorista possa encontrar aqui um santuário ou suponha uma ameaça à segurança do Afeganistão, dos EUA e de seus aliados", afirmou Carter em Cabul durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente afegão, Ashraf Ghani.

EFE   
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