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Oriente Médio

Curdos suspendem toda participação no governo do Iraque

O ministro de Relações Exteriores garantiu, no entanto, que os curdos continuarão a frequentar o Parlamento

11 jul 2014 - 13h32
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<p>O premi&ecirc; iraquiano, Nuri al-Maliki,&nbsp;acusou&nbsp;os curdos&nbsp;de permitirem que membros do Estado Isl&acirc;mico se abrigassem na capital Arbil</p>
O premiê iraquiano, Nuri al-Maliki, acusou os curdos de permitirem que membros do Estado Islâmico se abrigassem na capital Arbil
Foto: Ahmed Jadallah / Reuters

O bloco político curdo não participará mais do governo nacional do Iraque em protesto contra a acusação do primeiro-ministro Nuri al-Maliki de que o governo curdo estava abrigando insurgentes islâmicos em sua capital, disse o ministro de Relações Exteriores nesta sexta-feira.

“Nós suspendemos nossos negócios no governo”, disse o ministro Hoshiyar Zebari, que é curdo.

Os curdos disseram na quinta-feira que cancelariam sua participação em reuniões de gabinete. Mas Zebari declarou à Reuters que os ministros curdos estavam agora suspendendo o seu envolvimento no dia a dia nos ministérios de Relações Exteriores, Comércio, Imigração e da Saúde, além do cargo de vice-premiê.

Zebari disse que os curdos continuarão a frequentar o Parlamento, eleito em 30 de abril e que está buscando formar um novo governo em meio a uma insurgência sunita que tomou o controle de parte do território no norte e oeste do Iraque.

Na quarta-feira Maliki declarou que os curdos estavam permitindo que insurgentes do Estado Islâmico (EIIL), uma ramificação da Al Qaeda, mantivessem bases em Arbil.

Zebari disse que o Iraque corre o risco de um colapso se um novo governo inclusivo não for formado em breve, já que “o país está agora dividido literalmente em três Estados: os curdos, o EIIL e Bagdá".

Ele instou os blocos políticos do Iraque a formarem um governo rapidamente. “Há a necessidade de todos os líderes trabalharem juntos e recriarem um novo Iraque, construírem um Iraque federal baseado nos princípios constitucionais".

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