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ONU denuncia 'apatia global' e lança apelo humanitário para 2026

Organização criticou 'era da brutalidade e indiferença'

8 dez 2025 - 08h57
(atualizado às 09h33)
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A Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou nesta segunda-feira (8) a "apatia mundial" diante do sofrimento de milhões de pessoas em todo o planeta e lançou um apelo humanitário significativamente reduzido para 2026, visando lidar com a queda acentuada no financiamento.

"Esta é uma era de brutalidade, impunidade e indiferença", declarou o chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, em coletiva de imprensa em Nova York.

Ele ressaltou que, apesar da redução do plano, a organização espera arrecadar ao menos US$ 23 bilhões, destinados a ajudar 87 milhões de pessoas atingidas por conflitos e crises em regiões como Gaza, Sudão, Haiti, Myanmar e Ucrânia.

O panorama apresentado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em Genebra reforça o caráter emergencial da situação global.

Segundo o organismo, o apelo humanitário total para 2026 busca levantar US$ 33 bilhões, recursos que permitiriam apoiar 135 milhões de pessoas em 50 países.

O apelo, para apoiar populações afetadas por guerras, desastres climáticos, terremotos, epidemias ou más colheitas, surge após um ano em que os recursos humanitários foram severamente sobrecarregados.

Em 2025, o financiamento humanitário chegou a aproximadamente US$ 12 bilhões, o menor nível da última década. Como consequência, 25 milhões de pessoas a menos receberam assistência em comparação a 2024.

De acordo com o OCHA, a insuficiência de recursos provocou uma série de retrocessos graves: aumento da fome, colapso de sistemas de saúde, interrupção massiva da educação e paralisação de operações de desminagem.

Em meio ao agravamento de conflitos, "civis foram expostos ao total desrespeito pelas leis da guerra e mais de 320 trabalhadores humanitários foram mortos".

"Estamos sobrecarregados, com poucos recursos e sob ataque", lamentou Fletcher, criticando o cenário global e a afirmando que países têm investido mais energia e dinheiro "em novas maneiras de se matar", enquanto desmontam mecanismos essenciais criados "para nos proteger de nossos piores instintos".

Ansa - Brasil
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