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Novo enviado especial da ONU quer criar comitê constitucional para a Síria

15 fev 2019 - 12h12
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O novo enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregado de buscar a paz na Síria espera criar um comitê constitucional em Genebra "o mais cedo possível", disse ele nesta sexta-feira, sem dar um cronograma para a tentativa mais recente de acabar com a guerra devastadora do país.

Enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, em Damasco
15/01/2019 REUTERS/Omar Sanadiki
Enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, em Damasco 15/01/2019 REUTERS/Omar Sanadiki
Foto: Reuters

A formação de um comitê constitucional é essencial para reformas políticas e novas eleições com o intuito de unificar a Síria e encerrar um conflito de quase oito anos, que já matou centenas de milhares e deslocou cerca de metade da população pré-guerra de 22 milhões de habitantes.

Geir Pedersen, o quarto mediador para a Síria depois de Kofi Annan, Lakhdar Brahimi e Staffan de Mistura, disse que também tem ideias para gerar confiança nos dois lados, que já participaram de nove rodadas de conversas essencialmente infrutíferas no decorrer do conflito.

"Acho que identificamos os desafios e concordamos sobre como deveríamos seguir adiante, e isso vejo como um sinal muito, muito positivo", disse Pedersen aos repórteres.

"Minha esperança é que eles consigam fazer o comitê constitucional se reunir em Genebra o mais cedo possível."

No ano passado a oposição síria aceitou participar de um processo para reescrever a Constituição sob patrocínio da ONU após uma conferência de pacificação na cidade russa de Sochi.

Mas o presidente Bashar al-Assad, que está triunfando no conflito e prometeu retomar cada centímetro de território ainda fora de seu controle, não aceita que a ONU indique os membros do comitê.

Pedersen disse que não poderia ser mais específico sobre o cronograma de uma reunião do comitê, mas que suas conversas com as partes relevantes foram boas.

Indagado se terá fracassado caso não tenha obtido o fim da guerra até o final de seu mandato, ele respondeu que a meta é negociar um acordo entre as duas partes.

"Conseguir chegar a uma situação na qual você pode dizer que conseguimos deixar oito anos de conflito para trás e que nós, como sírios, concordamos que começaremos o processo de criar um futuro para os sírios que virão, isso... seria a definição de que fomos bem-sucedidos".

Pedersen se reuniu com a opositora Coalizão Nacional Síria em Riad no mês passado, pouco após uma visita a Damasco, onde as forças de Assad obtiveram grandes ganhos territoriais no campo de batalha - em grande parte graças ao apoio da Rússia e do Irã.

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