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Netanyahu caminha para vitória em eleições em Israel

Com ajuda de aliados, premier deve obter maioria no Parlamento

10 abr 2019 - 07h59
(atualizado às 08h02)
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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que está no poder desde 2009, caminha para mais uma vitória nas eleições em Israel, apesar de ter sido indiciado por fraude, abuso de poder e corrupção.

Netanyahu e sua esposa, Sara, comemoram resultado de eleições
Netanyahu e sua esposa, Sara, comemoram resultado de eleições
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Com 95% das urnas apuradas, o partido do premier, o conservador Likud, conquistou 35 dos 120 assentos no Parlamento, mesmo número obtido pela aliança centrista Azul e Branco, liderada pelo ex-chefe do Estado Maior das Forças Armadas Benny Gantz.

Netanyahu, no entanto, deve contar com o apoio de partidos religiosos e de extrema direita e garantir ao menos 65 cadeiras no Parlamento, enquanto o bloco de centro-esquerda ficará com 55 assentos.

"Estou muito emocionado. Essa é a madrugada de uma vitória imensa. O povo de Israel me confirmou sua confiança pela quinta vez", disse Netanyahu em um discurso para seus apoiadores em Tel Aviv, acompanhado de sua esposa, Sara.

O primeiro-ministro superou inúmeros escândalos e reforçou seu apelo ao eleitorado conservador para garantir a vitória, inclusive com a promessa de anexar assentamentos judeus na Cisjordânia, o que, na prática, pode inviabilizar a paz com os palestinos.

"Infelizmente, os israelenses votaram em candidatos empenhados em manter o status quo da ocupação, anexação e expropriação da Palestina", disse uma expoente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hanan Ashrawi, acrescentando que Israel elegeu um "Parlamento da direita racista e xenófoba".

Com a vitória de Netanyahu, espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresente seu plano de paz para o Oriente Médio, embora os palestinos não reconheçam mais a Casa Branca como mediadora do conflito, em função do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

Benny Gantz, por sua vez, que chegara a declarar vitória após a divulgação de pesquisas de boca de urna que mostravam sua aliança na frente do Likud, enviou uma mensagem a apoiadores dizendo que os resultados ainda não são definitivos. "Ainda é possível que haja mudanças eleitorais e que possamos fazer algumas manobras políticas", declarou.

Gantz citou também o dever de "representar mais de 1 milhão de pessoas" que pediram mudança. "É uma vitória histórica sem precedentes, temos de ficar orgulhosos", acrescentou.

Ansa - Brasil   
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