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May deixará para parlamentares a decisão de adiar Brexit

Premier britânica disse que 'divórcio' pode ser atrasado

26 fev 2019 - 11h41
(atualizado às 12h23)
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nesta terça-feira (26) que caberá aos deputados decidirem se haverá um adiamento na data para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) ou se o chamado Brexit será feito sem acordo. Durante discurso no Parlamento, May ressaltou que o processo de divórcio, previsto para ser realizado no dia 29 de março, poderia ser prorrogado por "um período curto e limitado".

A premier ainda prometeu que convocará uma votação sobre sair ou não sem um acordo caso os legisladores não aprovem um tratado revisado até 12 de março. "O Reino Unido só sairá sem um acordo em 29 de março se houver consentimento explícito na Câmara dos Comuns para esse resultado", disse.

Primeira-ministra britânica, Theresa May, deixa residência oficial em Londres
26/02/2019 REUTERS/Peter Nicholls
Primeira-ministra britânica, Theresa May, deixa residência oficial em Londres 26/02/2019 REUTERS/Peter Nicholls
Foto: Reuters

Segundo a política britânica, se os parlamentares rejeitarem o divórcio sem acordo, haverá uma votação no dia 14 de março para decidir se o governo deve tentar uma "extensão curta e limitada" para realizar a negociação do Artigo 50 - o que prevê o Brexit a partir de 29 de março.

Para ela, esse pequeno prazo é um caso isolado e não deve se estender até o final de junho, pois, caso contrário, o Reino Unido precisará participar nas eleições para o Parlamento Europeu, que estão marcadas para maio. "Uma extensão não pode cancelar a negociação. A única maneira de fazer isso é revogar o Artigo 50, o qual eu não farei, ou concordarei com um acordo", acrescentou.

A sequência de votos será proposta na quarta-feira (27) em uma moção para os deputados debaterem e votarem. O movimento é uma tentativa de evitar uma derrota para o governo, que pode fazer com que os parlamentares assumam o controle das negociações do Brexit.

O líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, contestou a decisão de May e a acusou de tentar "amarrar" o processo de divórcio. "Eu perdi a conta do número de vezes que a primeira-ministra adiou uma votação no Parlamento", afirmou ele convidando a Câmara a votar amanhã (27) um plano alternativo "credível".

Segundo Corbyn, um segundo referendo seria uma traição da vontade popular expressa em 2016. Renúncia Pelo menos três ministros britânicos ameaçaram pedir demissão caso May não mantenha o compromisso de prorrogar o prazo para o Brexit, na tentativa de "impedir um desastre".

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Ansa - Brasil   
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