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Mundo

Justiça da Argentina culpa Irã por atentados nos anos 1990

Tribunal definiu o país persa como 'Estado terrorista'

12 abr 2024 - 10h24
(atualizado às 12h54)
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A Justiça da Argentina declarou o Irã como um Estado terrorista e atribuiu ao país o ataque de 1994 à Associação Mutual Israelita (Amia), que deixou 85 mortos e foi descrito como um "crime contra a humanidade".

O Tribunal Federal de Cassação Penal proferiu a decisão em um processo sobre irregularidades durante as investigações após o ataque, e a sentença, dada pelos juízes Carlos Mahiques, Diego Barroetaveña e Angela Ledesma, abre a possibilidade de as famílias das vítimas processarem os responsáveis, incluindo o Irã.

Em seu voto, Mahiques sugere que essa ação poderia ser movida pela Argentina por meio de canais diplomáticos, de um tribunal arbitral ou mesmo da Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judicial das Nações Unidas.

O atentado com carro-bomba à Amia ocorreu em 18 de julho de 1994 e deixou 85 mortos. Dois anos antes, em um ataque similar, uma explosão já havia matado 29 pessoas na Embaixada de Israel em Buenos Aires.

Mahiques, cujo voto foi seguido pelos colegas, afirmou que tanto o ataque à Amia como a explosão na embaixada são resultados de uma "decisão política e estratégica" do Irã e foram executados pela "organização terrorista Hezbollah, que atuou sob a inspiração, organização, planejamento e financiamento de organismos estatais e paraestatais subordinados ao governo dos aiatolás".

Em comunicado, o presidente da Argentina, Javier Milei, diz que a sentença "põe fim a décadas de encobrimento, determinando que os atentados contra a Embaixada de Israel e a Amia foram perpetrados pelo Hezbollah, sob o auspício de organizações estatais da República Islâmica do Irã".

Ansa - Brasil   
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