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Mundo

Itália abre inquérito contra 20 pessoas por queda de ponte

Desabamento ocorreu em 14 de agosto e deixou 43 mortos

6 set 2018 - 16h18
(atualizado às 19h15)
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O Ministério Público de Gênova abriu inquérito contra 20 pessoas e uma empresa pelo desabamento da Ponte Morandi, ocorrido no último dia 14 de agosto e que deixou 43 mortos.

Imagem do que sobrou da Ponte Morandi, em Gênova
Imagem do que sobrou da Ponte Morandi, em Gênova
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Os indivíduos são investigados por múltiplo homicídio culposo, desastre culposo e atentado culposo à segurança dos transportes, enquanto a companhia em questão, a concessionária Autostrade per l'Italia, responderá por múltiplo homicídio culposo agravado por desrespeito às normas antiacidentes.

A abertura do inquérito chega poucos dias depois de a Guarda de Finanças ter dado ao Ministério Público uma lista de pessoas que podem ter tido responsabilidade na queda da ponte, provavelmente causada por falha estrutural.

No entanto, o procurador Francesco Cozzi não descarta aumentar o número de investigados. A lista atual inclui o presidente da Autostrade, Fabio Cerchiai, o CEO Giovanni Castellucci e outros sete dirigentes da concessionária.

Também são alvos do inquérito oito funcionários do Ministério de Infraestrutura e Transportes e três engenheiros da Spea Engineering, empresa do grupo Atlantia - holding que controla a Autostrade - responsável por um projeto de reforço dos pilares da ponte.

Segundo os investigadores, desde 2014 havia sinais das péssimas condições da estrutura, e em 2017 o Politécnico de Milão apontou a necessidade de monitorar a construção, inclusive com um sistema de sensores que funcionasse 24 horas por dia.

No fim daquele ano, a Autostrade apresentou um projeto de retrofit ao Comitê de Obras Públicas de Gênova, que deu seu aval em fevereiro de 2018, alertando, porém, que os cabos de concreto que sustentavam o tabuleiro apresentavam 20% de corrosão.

O projeto seguiu para o Ministério dos Transportes, sem nenhuma prescrição para bloquear o tráfego na ponte, e a autorização para o início das obras de reforço só chegou em junho passado. Parte da estrutura permanece de pé, mas ameaça cair sobre um complexo de edifícios residenciais.

Desde a queda da ponte, mais de 600 pessoas foram desalojadas. O plano para a demolição do restante da estrutura deve ser anunciado nos próximos dias.

Ansa - Brasil   
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