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Internacional Socialista condena política de austeridade e pede acordo global

5 fev 2013 - 17h10
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A Internacional Socialista (IS) concluiu nesta terça-feira dois dias de reuniões em Portugal com uma declaração que condena as políticas "equivocadas" de austeridade contra a crise e apela a um acordo mundial para tramitar a globalização.

O conselho da organização, no qual participaram delegações de mais de uma centena de partidos socialistas de todo o mundo, também mostrou sua rejeição às violações dos direitos humanos na Síria, no Egito e no Irã, entre outros países, e expressou seu respaldo à intervenção francesa no Mali.

Os socialistas venezuelanos obtiveram também o apoio da organização em sua denúncia do "autoritarismo" do Governo de Hugo Chávez e do "desrespeito à Constituição" por sua prolongada ausência do país sem ter tomado posse do novo mandato por causa de uma doença da qual não há informação indubitável há mais de um mês.

Segundo Meléndez, presidente do Movimento ao Socialismo (MAS), que apresentou a proposta em nome dos partidos de seu país filiados à Internacional Socialista, criticou o "caciquismo" de Chávez e a "confusão em setores do movimento democrático internacional" que o apoiam.

O presidente da IS e ex-primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, afirmou ao final da reunião, que a organização "está se fortalecendo" e que este conselho foi "muito construtivo".

A reunião de Cascais, a 25 quilômetros de Lisboa, foi o primeiro de seus encontros anuais, após o congresso de setembro na África do Sul, e se centrou na estratégia a favor do emprego e do crescimento econômico, que a organização decidiu promover como alternativa às políticas de austeridade contra a crise.

Em sua declaração sobre os problemas econômicos, os socialistas pedem que os Governos "atuem de forma coordenada em nível mundial", com acordos como os de Bretton Woods após a Segunda Guerra Mundial - e que se reestruturem a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

É preciso "um novo conjunto de políticas para governar as finanças e o crescimento globais", ressalta a IS, que pede, além disso, maior transparência e controle dos poderes públicos, regulações para as transações internacionais e um conceito de crescimento que leve em conta a preservação do planeta.

EFE   
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