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Estados Unidos

Mulher com câncer muda para Oregon para realizar eutanásia

“Irei morrer no andar de cima, no quarto que divido com meu marido, com ele e minha mãe ao meu lado", disse Brittany Maynard

8 out 2014 - 20h24
(atualizado às 20h26)
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<p>Brittany Maynard planeja tomar um medicamento obtido com receita médica para tirar a vida </p>
Brittany Maynard planeja tomar um medicamento obtido com receita médica para tirar a vida
Foto: Twitter

Uma californiana de 29 anos com câncer cerebral terminal se mudou para o Oregon porque o Estado norte-americano permite o suicídio assistido para pacientes terminais, e está dedicando suas últimas semanas de vida a uma campanha para que outros que se veem diante de uma morte iminente possam usufruir do mesmo direito.

Um vídeo de seis minutos de Brittany Maynard explicando sua escolha foi publicado no YouTube na segunda-feira e desde então foi visto mais de 2,6 milhões de vezes.

Maynard foi diagnosticada em janeiro com um glioblastoma, um tumor no cérebro, e mais tarde ouviu dos médicos que só teria seis meses de vida.

“Irei morrer no andar de cima, no quarto que divido com meu marido, com ele e minha mãe ao meu lado, e falecer pacificamente com música que eu gosto no fundo”, declarou Maynard no vídeo.

A filmagem mostra imagens do casamento e das caminhadas de Maynard e entrevistas com sua mãe e seu marido.

A americana planeja tomar um medicamento obtido com receita médica para tirar a vida quando sua dor se tornar insuportável, de acordo com o grupo pró-eutanásia Compassion & Choices (Compaixão e Escolhas), que declarou em um comunicado que ela tem “algumas semanas” de vida.

Desde seu diagnóstico, Maynard se mudou de sua casa em San Francisco para o Oregon, que em 1997 se tornou o primeiro Estado norte-americano a permitir o suicídio assistido para pacientes em estado terminal. Washington, Montana, Vermont e o Novo México seguiram o exemplo desde então e são os outros quatro dos cinco únicos Estados dos EUA que autorizam o procedimento.

Maynard está arrecadando fundos através da Compassion & Choices para defender o suicídio assistido como uma opção para pacientes terminais como ela, um ato que difere das opções mais discretas que muitos outros em sua posição escolhem.

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