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Estados Unidos

EUA se dizem incapazes de confirmar uso de armas químicas na Síria

Obama quer que agências de inteligência investiguem por conta própria o ataque

22 ago 2013 - 15h58
(atualizado às 17h12)
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Os Estados Unidos não têm condições de afirmar conclusivamente que armas químicas foram usadas em um suposto ataque com gás nos subúrbios de Damasco.

O presidente Barack Obama ordenou às agências de inteligência que chequem por conta própria o ataque, ao mesmo tempo em que cobra a permissão de uma inspeção da ONU. "O presidente pediu à comunidade de inteligência que reúna urgentemente mais informações para verificar os relatórios de um ataque químico na Síria", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

"Neste momento não somos capazes de conclusivamente determinar o uso de armas químicas", afirmou Psaki.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS) denunciou nesta quarta-feira que pelo menos 1.300 pessoas morreram em um ataque com armas químicas feito pelo Exército nos arredores da capital, acusações imediatamente negadas pelo regime de Bashar al Assad.

"Se os relatórios estiverem certos, estaríamos diante de uma escalada degradante e flagrante de armas químicas pelo regime", acrescentou Psaki. A equipe de segurança de Obama tem à disposição "uma série de opções" que podem ser tomadas caso os relatórios sejam confirmados, ameaçou.

A comunidade de inteligência americana trabalhará reunindo informação de testemunhas, examinando os relatórios e através de pesquisa científica. "Somos conscientes que nossos recursos são limitados, por não termos uma equipe no terreno, mas estamos cooperando com nossos aliados para obter mais acesso", explicou Psaki.

Ao mesmo tempo, os EUA continuam pedindo que a equipe da ONU, que já está na Síria, possa investigar a nova denúncia, ideia que não foi aprovada na reunião de urgência realizada quarta-feira sobre o assunto no Conselho de Segurança do organismo.

"(A equipe da ONU) é um veículo importante, por já estar na região", indicou a porta-voz, e lembrou que os Estados Unidos e outros 36 países enviaram uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pedindo essa investigação.

O secretário de Estado de EUA, John Kerry, ligou hoje para vários líderes mundiais para analisar a crise na Síria, entre eles Ban e o responsável das Relações Exteriores da União Europeia (UE), Catherine Ashton.

Kerry também falou com o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, que pediu uma resposta contundente à denúncia, assim como com os chefes diplomáticos da Turquia e do Catar e com o presidente da CNFROS, Ahmed Yarba. "(Kerry) reiterou a todos o compromisso dos Estados Unidos em chegar até a verdade dos fatos", afirmou Psaki.

Com informações das agências EFE e Reuters.

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