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Estados Unidos

EUA fazem nova rodada de bombardeios aéreos sobre o Iraque

De acordo com Obama, é necessário deter o avanço do Estado Islâmico, proteger os cidadãos americanos e defender as minorias religiosas

8 ago 2014 - 18h43
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Uma nuvem de fumaça é vista no céu após os Estados Unidos bombardearem militantes na periferia da cidade de Erbil, Iraque, em 8 de agosto
Foto: Khalid Mohammed / AP

Aviões de guerra dos Estados Unidos bombardearam combatentes islâmicos a caminho da capital do Curdistão iraquiano nesta sexta-feira depois que o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que Washington deve agir para evitar um "genocídio".

Os combatentes do Estado Islâmico, que decapitaram e crucificaram prisioneiros na sua ânsia de erradicar descrentes, chegaram perto de Arbil, capital da região curda do Iraque e pólo industrial de empresas norte-americanas.

O grupo ainda assumiu o controle da maior represa iraquiana, confirmaram autoridades curdas nesta sexta-feira, o que pode permitir ao grupo inundar cidades e interromper parte do suprimento de água e energia.

O secretário de imprensa do Pentágono, contra-almirante John Kirby, disse que dois caças F/A-18 de um porta-aviões localizado no Golfo Pérsico lançaram bombas teleguiadas de 500 libras contra uma peça de artilharia móvel usada pelos combatentes para bombardear forças que defendem Arbil.

Na tarde desta sexta-feira, o Pentágono informou em comunicado que o Exército norte-americano realizou mais dois ataques aéreos contra as forças do Estado Islâmico perto de Arbil.

Um veículo aéreo não-tripulado, também conhecido como drone, atacou uma posição de lançamento de morteiro, e jatos F/A-18 alvejaram um comboio e um local de disparo de morteiros, acrescentou um comunicado do Pentágono.

Obama autorizou o primeiro ataque aéreo dos EUA no Iraque desde que retirou todas as tropas em 2011, argumentando ser preciso agir para deter o avanço do Estado Islâmico, proteger norte-americanos e salvaguardar centenas de milhares de cristãos e membros de outras minorias religiosas que fugiram para salvar suas vidas.

A Casa Branca afirmou nesta sexta-feira que os ataques irão durar enquanto a situação da segurança exigir.

O Estado Islâmico se mostrou desafiador. Um combatente disse à Reuters por telefone que o ataque aéreo dos EUA “não terá impacto sobre nós”.

O avanço dos militantes sunitas, que também controlam um terço da Síria e lutaram no Líbano nesta semana, disparou o alarme no Oriente Médio e ameaça desmembrar o Iraque, país já dividido entre xiitas, sunitas e curdos.

Os ataques aéreos norte-americanos estimularam reações em fóruns jihadistas on-line pedindo ataques contra os EUA e os interesses petrolíferos no Golfo. "Os mujahideen precisam se esforçar para disciplinar os EUA e seus soldados criminosos", dizia uma mensagem no fórum jihadista Shumukh al-Islam, segundo o serviço de monitoramento SITE.

Em Bagdá, onde os políticos estão paralisados pelas disputas internas enquanto o Estado se desfaz, o principal clérigo xiita exigiu a renúncia do primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, uma intervenção ousada que poderia derrubar o veterano governante.

Um porta-voz humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que cerca de 200 mil pessoas que fogem do avanço dos islâmicos chegaram à cidade de Dohuk, no rio Tigre, no Curdistão iraquiano e em áreas próximas da província de Nínive. Dezenas de milhares fugiram mais para o norte, rumo à fronteira com a Turquia, disseram autoridades turcas.

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