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Diretor do CDC contradiz Trump e afirma que EUA não estão "nem perto do fim" do coronavírus

28 set 2020 - 12h17
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O chefe de uma das maiores agências de saúde do governo dos Estados Unidos fez uma avaliação sombria da pandemia de coronavírus que contradiz aquela do presidente Donald Trump, dizendo que "não estamos nem perto do fim", noticiou a rede NBC News nesta segunda-feira.

Robert Redfield, diretor do CDC dos EUA
23/09/2020
Alex Edelman/Pool via REUTERS
Robert Redfield, diretor do CDC dos EUA 23/09/2020 Alex Edelman/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Robert Redfield, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), que tem sido repreendido por Trump devido a avaliações menos otimistas sobre a recuperação do coronavírus, também expressou o temor de que o novo membro escolhido por Trump para a força-tarefa contra o coronavírus, doutor Scott Atlas, esteja compartilhando informações imprecisas com o presidente.

"Tudo que ele diz é falso", disse Redfield em um telefonema de sexta-feira em um avião que ia de Atlanta a Washington, relatou a NBC.

Mais tarde, Redfield disse à emissora que a ameaça da pandemia de coronavírus está longe do fim, contradizendo a afirmação de Trump, que buscará a reeleição em 3 de novembro, de que o país está "dobrando a curva".

"Não estamos nem perto do fim", alertou Redfield.

Trump refutou publicamente um depoimento dado por Redfield ao Congresso no início deste mês no qual este debateu quando uma vacina poderia ser disponibilizada amplamente, rotulando-o de "confuso".

O presidente, que relutou em exortar os norte-americanos a usarem máscaras até recentemente, também criticou Redfield por dizer que usá-las pode ser tão eficiente quanto uma vacina.

O diretor do CDC deixou sua posição clara.

"Se cada um de nós o fizesse, esta pandemia acabaria em oito a 12 semanas", disse ele à NBC.

O CDC não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as declarações noticiadas de Redfield.

Atlas é um neurorradiologista sem experiência com doenças infecciosas, cujas opiniões sobre a maneira de combater a pandemia de coronavírus foram repudiadas por seus pares da escola médica da Universidade de Stanford.

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