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Desafiando ameaça de Trump, Venezuela seguirá com planos para controverso Congresso

18 jul 2017 - 16h21
(atualizado às 16h36)
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O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu nesta terça-feira seguir com planos para um controverso novo Congresso, apesar do que chamou de ameaça "intervencionista brutal" de sanções econômicas dos Estados Unidos.

Avenida bloqueada durante protesto contra o governo em  Caracas
18/07/2017
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Avenida bloqueada durante protesto contra o governo em Caracas 18/07/2017 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que irá tomar "fortes e rápidas ações econômicas" caso Maduro siga com o novo órgão, que terá poder de reescrever a Constituição da Venezuela e substituir outras instituições.

    Pesquisas de opinião mostram uma maioria dos venezuelanos oposta à Assembleia, que críticos consideram equivalente à consagração de uma ditadura no país sul-americano membro da Opep. Maduro insiste que esta é a única maneira de trazer paz após meses de agitações anti-governo que mataram 100 pessoas e prejudicaram ainda mais uma economia em decadência.

    O ministro das Relações Exteriores, Samuel Moncada, disse que a votação de 30 de julho para o super-órgão legislativo conhecido como Assembleia Constituinte irá seguir em frente. "Este é um ato de soberania política pela República. Nada e ninguém pode parar isto", disse a repórteres.

    "Venezuelanos são livres e irão se unir contra a insolente ameaça de um governo xenofóbico e racista... (e) os brutais esforços intervencionistas dos Estados Unidos".

    Trump chamou Maduro, que venceu por pouco a eleição de 2013 para suceder o falecido Hugo Chávez, de "um líder ruim que sonha em se tornar um ditador".

    Oponentes de Maduro dizem ter levado 7,5 milhões de pessoas às ruas no fim de semana para votarem em um referendo simbólico no qual 98 por cento dos eleitores discordaram do plano da Assembleia.

    Pedidos para cancelar a Assembleia e em vez disto realizar eleições convencionais foram feitos ao redor do mundo, incluindo da União Europeia e grandes países da América Latina.

    O governista Partido Socialista provavelmente seria massacrado em qualquer votação normal devido à ampla irritação gerada pelas dificuldade econômicas.

"MUNDO INTEIRO PEDINDO"

"A Assembleia Constituinte deve ser abandonada para alcançar uma solução negociada, segura e pacífica na Venezuela. O mundo inteiro está pedindo isto", disse o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em publicação no Twitter.

    Simpatizantes da oposição da Venezuela estão nas ruas há quase quatro meses pedindo uma eleição presidencial, liberdade para centenas de ativistas presos, independência para a Assembleia Nacional, o Congresso venezuelano, e auxílio estrangeiro.

    Manifestantes bloqueavam vias em partes de Caracas nesta terça-feira.

    Maduro insiste que líderes da oposição são marionetes dos EUA com o objetivo de sabotar a economia e de derrubá-lo através de violência, como parte de uma conspiração internacional de direita.     

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