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Confrontos no Chile marcam terceiro aniversário de distúrbios

18 out 2022 - 18h50
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Confrontos dispersos no Chile entre manifestantes e policiais nesta terça-feira marcaram o terceiro aniversário de protestos generalizados contra a desigualdade em 2019 que deixaram mais de 30 mortos.

Na capital Santiago, manifestantes encapuzados atiraram pedras contra a polícia, inclusive na área ao redor da Plaza Baquedano, o epicentro dos distúrbios de 2019, enquanto a polícia respondia com canhões de gás e água.

Outros manifestantes pacíficos se reuniram em torno da capital para lembrar as vítimas.

"Talvez tenha havido pessoas que fizeram o mal, a destruição, mas há muitos de nós que estávamos - e estamos - pedindo justiça, dignidade", disse Marco Valdebenito, de 49 anos, cujo irmão morreu durante protestos em 2020. "Aqueles de nós que lutaram estão aqui."

Falando do palácio La Moneda na manhã de terça-feira, o presidente de esquerda Gabriel Boric, que assumiu este ano e apoiou os protestos de 2019 como parlamentar, disse que há uma oportunidade de construir as bases de uma sociedade menos desigual.

"A agitação social expressou - e trouxe - muita dor e deixou enormes consequências", afirmou Boric. "Não vamos permitir que seja em vão, não podemos ser os mesmos como sociedade depois dessa experiência, não podemos cometer os mesmos erros."

Várias organizações de grupos humanos questionaram a resposta da polícia durante os protestos, que deixaram centenas de manifestantes cegos por balas de borracha e dezenas de milhares de pessoas detidas.

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